Paulo Sérgio Alberto de Lima, primeiro suspeito preso na Operação Canguçu, confessou a participação na tentativa de assalto em Confresa (a 1.160 km de Cuiabá). Ele foi preso em flagrante após o grupo ter desembarcado em Tocantins e fazer reféns em uma fazenda.
Durante o depoimento, o suspeito relatou que foi contatado pelo grupo quatro meses antes do roubo, mas que o planejamento do crime havia mais tempo. A função dele era usar uma espécie de lança-chamas para cortar o cofre.
Paulo afirmou à Polícia Civil que o grupo esperava achar entre R$ 30 e 40 milhões, mas não conseguiu levar nada, pois a invasão demorou mais do que o esperado, e foram surpreendidos por excesso de gás na sala do cofre.
“Fui convidado e caí nessa bobeira. Eu iria receber, por exemplo, do que tivesse lá dentro, se tivesse R$ 10 milhões, no caso, e tivesse dez pessoas seria R$ 1 milhão para cada um. Para mim seria R$ 500 mil, no caso”, disse Paulo Sérgio em vídeo divulgado pelo portal G1.
O grupo criminoso conseguiu chegar ao cofre e iniciar o corte após explodir paredes da transportadora, mas não tiveram tempo de abrir e acabaram desistindo ao ser surpreendido pela fumaça causada pelo lança-chamas. Paulo contou que o cheiro era muito forte, e por isso não foi possível continuar com o plano.
“Eu consegui acessar o cofre, mas não tinha como pegar nada. Não foi tirado um centavo da transportadora, não foi tirado nada devido à fumaça. É tipo enxofre, você não consegue ficar perto dela, não tem jeito. Entrou mais gente, mas ninguém conseguiu ficar perto, tinha que sair. Desistiu, teve que ir embora, não conseguia pegar”, disse durante o depoimento.
A polícia considera como uma das maiores operações policiais para capturar criminosos do país. A ação continua e conta com recursos tecnológicos, como drones termais e binóculos de visão noturna, além de helicópteros, barcos e cães treinados para buscas.
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