O secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, afirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira (1º.11), que a desobstrução das estradas de Mato Grosso deve começar em breve, pois as estratégias já estão sendo finalizadas para dar início a ação.
Conforme Bustamante, após a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), para o cumprimento da desobstrução das rodovias, o governador Mauro Mendes (União) chamou as forças de segurança do Estado e determinou que seja feito um planejamento e comece a desocupação.
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“Todas as forças de segurança Polícia Militar (PM), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Judiciária Civil (PJC) e o Corpo de Bombeiro (CBM) vão trabalhar emanados com o espírito de desocupar as estradas”, frisou Bustamante.
Questionado de que forma será a desocupação, Alexandre disse que primeiramente vão tentar negociar com todos. “A fase de desocupação ela passa por um planejamento, diagnóstico para saber como está, depois vamos negociar com todo mundo”.
Segundo o secretário, muitos deixaram as estradas com as negociações. Ele disse que têm pontos que são mais frágeis, e outros mais fortes, mas acredita na condição ordeira do povo mato-grossense.
Ele reforçou que a força só será usada se for necessário, mas disse que acredita que não vai precisar. “Eu acredito muito na sensibilidade de todos e vão nos ajudar nisso”.
Indagado se teria um prazo para desocupação, se seria uma negociação lenta ou rápida, o secretário disse que acredita muito na capacidade dos negociadores e das pessoas que estão organizando os movimentos.
“Eu acredito que vai andar bem rápido em alguns pontos, e em outros mais sensíveis que devam demorar um pouco mais”.
Sobre o número de pontos bloqueados, o secretário declarou que já receberam o levantamento e perceberam que teve um aumento, pois começaram com pouco pontos, e hoje já são mais de 30.
Alexandre reforçou que acredita na força da negociação das forças de segurança para ter o apoio da sociedade para essa desocupação. O secretário enfatizou que se essa negociação não acontecer vai começar a faltar produto para a própria sociedade.
“Nós podemos ter cidades na região norte que depende muito da chegada do combustível, aí vai começar a faltar combustível, alimentação, e eu acredito que essa negociação perpassa por isso. A necessidade de a sociedade entender que a obstrução atrapalha ela mesma”, concluiu Bustamante.
Os bloqueios nas rodovias do Estado começaram na noite do domingo (30.10), após o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) ser derrotado nas urnas, para o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). Em Mato Grosso, a PRF identificou 26 pontos de manifestações. Já a concessionária que administra parte das estradas acompanha 12 locais.
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