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Polícia Segunda-feira, 24 de Maio de 2021, 10:22 - A | A

Segunda-feira, 24 de Maio de 2021, 10h:22 - A | A

CHOCANTE

Feminicídio deixou 20 órfãos em Mato Grosso neste ano

Os assassinatos ocorreram em 11 dos 141 municípios do Estado

Redação VGN

faca tentativa de homicidio

 

Um estudo realizado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) constatou que 20 crianças perderam a mãe assassinada de janeiro a março de 2021, em Mato Grosso. Grande parte dos órfãos é menor de idade.

Em três casos distintos o assassino foi o próprio pai, totalizando seis filhos com a mãe morta e o pai preso pelo crime ou foragido. Uma das 12 mulheres vítimas do feminicídio deixou seis filhos, alguns adotados, outros de pais diferentes, que estão sem a presença dela. Apenas três das 12 mulheres mortas não tinham filhos.

Os assassinatos ocorreram em 11 dos 141 municípios do Estado. São eles: Santo Antônio de Leverger, Querência, Ribeirão Cascalheira, Colíder, Juara, Novo Horizonte do Norte, São José do Rio Claro, Campo Verde, Rondonópolis, Sorriso e Sinop. Este último registrou dois casos. A maioria das vítimas morreu no fim de semana.

Sete foram assassinadas dentro da própria casa e cinco em via pública. A mais jovem tinha 17 anos, a mais idosa, 75 anos, e as outras com idade entre de 30 a 45 anos. Arma branca (facas), outros (qualquer coisa que vier à mão) e força muscular foram os meios utilizados pelos assassinos. Apenas 8% usaram arma de fogo.

Medida protetiva: De acordo com a Sesp, oito das 12 vítimas de feminicídio foram mortas por motivo passional, três por rixa e uma por motivo fútil. Em 100% dos casos, os autores do crime foram identificados.

Apenas uma das 12 mulheres assassinadas tinha registro de concessão de medida protetiva, enquanto 11 não possuíam o que representa 83% das vítimas. Em estudo recente sobre as mulheres vítimas de feminicídio em 2020, das 62 mulheres que perderam a vida nesta modalidade de crime, apenas 10 tinham medida protetiva, enquanto 52 não tinham proteção, seja porque não fizeram boletim de ocorrência ou porque não foram amparadas pelo direito da Justiça.

Além disso, 79% das vítimas não possuíam registros anteriores de violência doméstica, ou seja, nunca tinham feito boletim de ocorrência contra o agressor e apenas 13% tinham registros de ameaça, porte de arma ou vias de fato. (Com Sesp/MT). 

 
 

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