O ex-secretário de Estado de Ciências e Tecnologia e Inovação (Seciteci), Nilton Borgatto, e o lobista Rowles Magalhães Pereira da Silva, são alvos de investigação por tráfico internacional de drogas e formação de organização criminosa no âmbito das investigações da Operação Descobrimento.
O delegado da Polícia Federal na Bahia, Adair Gregório, responsável pela investigação, afirmou que Nilton, Rowles Magalhães e outras cinco pessoas, entre elas a doleira Nelma Kodama (detida em um hotel de luxo em Portugal), eram de uma rede encarregada de fazer a remessa da droga para a Europa.
“Todos que tiveram mandados de prisão e busca apreensão são responsáveis pelo envio e recebimento da droga, ou ajudaram no carregamento, ou no transporte, ou são doleiros”, disse o delegado.
Conforme as investigações, Nilton e Rowles Magalhães são apontados como as pessoas responsáveis pelo envio do entorpecente para Portugal, e que eles teriam sido responsáveis por cerca de cinco remessas para o país europeu.
Em fevereiro de 2021, agentes da Polícia Federal apreenderam 525 kg de cocaína no táxi aéreo de uma empresa portuguesa, ligada ao lobista Rowles Magalhães, no Aeroporto Internacional de Salvador. A droga foi encontrada enquanto a aeronave era abastecida.
Rowles é apontado como um dos supostos líderes da organização criminosa e teve expedido contra si mandado de prisão preventiva. O ex-secretário Nilton Borgatto, que também foi alvo de prisão preventiva, está na Polícia Federal e deve ser encaminhado para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) enquanto aguarda o agendamento da audiência de custódia.
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