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Polícia Sexta-feira, 30 de Junho de 2023, 15:35 - A | A

Sexta-feira, 30 de Junho de 2023, 15h:35 - A | A

operação salmonidae

Empresários investigados por sonegação fiscal vendiam salmão estragado para restaurantes de VG e Cuiabá

Não há indícios de que os restaurantes e comércios soubessem que o produto estava estragado ou impróprio ao consumo

Giovanna Bitencourt & Kleyton Agostinho/VGN

Integrantes de uma quadrilha que vendia salmão estragado e mal conservado para restaurantes e comércios de Cuiabá e Várzea Grande foram presos nesta sexta-feira (30.06), durante a Operação Salmonidae, que investiga uma organização criminosa acusada de sonegação fiscal, falsificação de documentos, uso de selo falso, tráfico de influência e corrupção.

Leia mais - Empresários que vendem frutos do mar em VG são alvos de operação por sonegação fiscal

Em coletiva à imprensa, o delegado Rafael Scatolon afirmou que, ao menos, quatro integrantes possuem passagens por roubos, furtos, tráfico de drogas e integravam organizações investigadas. A maioria deles eram "laranjas" no esquema.

Ele informou que não há indícios de que os restaurantes e comércios soubessem que o produto estava estragado ou impróprio ao consumo, e nem que tinham conhecimento do esquema de sonegação de impostos.

Contudo, conforme o delegado, a investigação continua apurando para descobrir se os restaurantes e comércios tinham conhecimento das atividades do fornecedor, visto que o pescado pode ter sido vendido a preços menores do que constava nas notas fiscais.

As investigações duraram cerca de um ano e cinco meses, e expuseram que, até o momento, a empresa movimentou cerca de R$ 120 milhões em comércio, com uma sonegação calculada em R$ 20 milhões. A quadrilha usava empresas laranjas para comprar o produto em São Paulo, onde o Imposto sobre o Comércio de Mercadorias e Serviços (ICMS) é menor que o do Estado mato-grossense. O era então encaminhado à empresa real e gerava crédito tributário a ela. Além disso, o valor de compra era aumentado em até cinco vezes para aumentar a margem de lucro.

Conforme informações exclusivas do , o proprietário da empresa MF Pescados, Marcos Weslley Rocha Frades foi preso pela polícia no município de Curvelândia (a 311 km de Cuiabá). Maurício Rocha Frades, sócio de Marcos, também foi preso. 

Além dos proprietários, também foram presos Livia Cléia Soares Alves, Fábio Almeida de Oliveira, José Gonçalo da Silva, Moisés Lima da Silva, Guilherme Braz das Neves, Willy Henrique de Souza, Fábio dos Santos Pereira, Luciana Ramos Pinheiro, Manoel da Rosa Stieven, José Mauro da Silva, Vera Lúcia dos Santos, Arnon Vitorazzi Frades, Jonathan Aparecido de Campos, Welligton Ferreira Lima, João Benedito Lobo de Oliveira, por envolvimento na quadrilha.

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