A Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira (12.07) mandado de busca e apreensão e medidas cautelares contra uma empresária de Cuiabá acusada de integrar grupo investigado por tráfico internacional de mulheres e exploração sexual que fez várias vítimas no país. A ação faz parte da Operação Magnaccia.
De acordo com a PF, a investigação tem como foco apurar uma rede de tráfico internacional de pessoas levadas de diversos Estados do Brasil para a cidade de Napoli, na Itália. Até o momento foram identificadas vítimas de Mato Grosso, Acre, Sergipe, São Paulo e Rio de Janeiro.
As investigações apontam que o esquema é comandado por uma pessoa brasileira residente na Itália, onde possui uma casa de prostituição.
Conforme a Polícia, o alvo da investigação tem uma irmã, que mora em Cuiabá, e era responsável por dar apoio logístico e financeiro do aliciamento, bem como a lavagem do dinheiro da cafetinagem”, como também participava dos lucros do tráfico de pessoas.
O esquema - As vítimas são atraídas por promessas de melhor qualidade de vida mediante prostituição no exterior. Contudo, para que possam chegar na Itália sem recursos, precisam aceitar e contrair antecipadamente uma dívida em torno de 10 mil euros [R$ 53.600] a serem pagos posteriormente prestando serviços de prostituição na Europa.
Ao desembarcarem na Itália, as vítimas são mantidas em alojamento descrito como insalubre, sujo e inadequado para moradia, cuja diária deve ser igualmente paga, sob a ameaçadas próprias vítimas e de seus familiares residentes no Brasil, em caso de fuga ou insurgência.
Em depoimentos, as vítimas relataram no local os membros da quadrilha ameaçam constantemente para que trabalhem diariamente, independente da situação de saúde, possuindo, inclusive, uma meta mínima a ser atingida por dia.
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