Na manhã desta quarta-feira (13.11), uma operação da Polícia Civil em Várzea Grande, batizada de "Ponto Final", resultou em um grave erro que deixou ferido um engenheiro civil inocente. Segundo relatos de familiares, os policiais dirigiram-se ao endereço errado, invadiram um apartamento no condomínio da MRV, no bairro Várzea Grande, e dispararam contra a vítima, que se assustou ao perceber a presença dos agentes.
Os investigadores cumpriam mandados de prisão e busca e apreensão contra um integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), A.K.O.. Os mandados foram cumpridos em um residencial no bairro Nova Várzea Grande, durante a operação “Ponto Final”. Entretanto, os policias erraram o apartamento e acabaram atacando um inocente, o ngenheiro-agrônomo identificado pelas iniciais J.N.S.J., 36 anos, que foi atacado por um Policial Civil.
O engenheiro foi atingido na perna, levado ao Pronto-Socorro de Várzea Grande, submetido a uma cirurgia e precisará ser transferido, pois a unidade de saúde não dispõe da placa necessária para ser implantada em sua perna.
"Meu irmão acordou assustado porque arrombaram a porta dele, a filha dele estava dormindo da sala, é uma criança pequena, eu acredito que ele não soube como reagir", declarou a irmã que não quis se identificar.
De acordo com os familiares, a ação ocorreu por volta das 5h30 da manhã. A esposa do engenheiro estava na cozinha preparando uma mamadeira para o filho quando os policiais invadiram o local. O engenheiro, que estava no quarto, correu para a sala assustado com a movimentação e acabou sendo alvejado ao tentar entender o que estava acontecendo.
"Ele está estável no Pronto-Socorro, mas deve passar uma cirurgia nos próximos dias", afirmou.
A Polícia Civil justificou o disparo alegando que o engenheiro teria reagido, versão contestada pela família, que afirma que ele não possuía arma e foi vítima de um erro.
O engenheiro, descrito como membro de uma família tradicional de Várzea Grande, está fora de perigo, mas familiares e amigos estão revoltados com o ocorrido e cobram explicações.
“Foi um erro absurdo. Não é só a nossa família que poderia ter sido prejudicada. Qualquer pessoa inocente poderia estar no lugar dele”, afirmou um amigo próximo.
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