Os advogados Nelson Prawucki e Newman Pereira Lopes foram presos pela Polícia Federal (PF), acusados pelos crimes de desvio de recursos de instituição financeira e lavagem de dinheiro. As prisões fazem parte da operação “Assombro”, deflagrada pela PF, na manhã desta quinta-feira (13.02), em Cuiabá. A OAB de Mato Grosso mandou representante acompanhar a operação e a prisão dos advogados.
Além dos mandados de prisão, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão, nas residências dos suspeitos e em um edifício, onde funcionam diversas empresas, controladas por eles.
Os advogados já haviam sido indiciados e denunciados pela PF, durante investigação que iniciou em maio de 2013, em uma ação penal, pelo crime de gestão fraudulenta de instituição financeira, por desvio de mais de R$ 12 milhões.
Foi constatado ainda, que o ex-liquidante do Instituto de Previdência Complementar do extinto BEMAT (Banco do Estado de Mato Grosso) contratou uma empresa, constituída em nome de seu sócio, em um escritório de advocacia, com o escopo de desviar recursos decorrentes de crédito que a instituição tinha com o Governo do Estado, reconhecido judicialmente.
O desvio foi executado mediante a estipulação de honorários em quase 60% do valor principal. Para ocultar a natureza ilícita da operação, os acusados se valeram de técnicas para a lavagem de dinheiro, como a assinatura de contrato de confidencialidade e uso de empresa “fantasma”, para o recebimento dos recursos.
A pena para o crime de desvio de recursos de instituição financeira (art. 5º da Lei 7.492/86) é de dois a seis anos de reclusão e multa. Já para o crime de lavagem de dinheiro (art. 1 da Lei 9.613/98), a pena varia entre três e dez anos de reclusão e multa. Mais informações a qualquer momento.
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