O jovem H.E.O. de S., 28 anos, baleado na última sexta-feira (23.08), após tentar fugir do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), foi preso após espancar a ex-namorada no estacionamento da Arena Pantanal, na Capital.
Conforme Boletim de Ocorrência (B.O) registrado pela vítima, H.E. não aceita o fim do relacionamento, e na noite de quinta-feira (22) a procurou na residência da sua mãe e por meio de ameaças a fez entrar em seu veículo.
Sessão de tortura ainda dentro do veículo
De acordo com relato da jovem, as agressões começaram ainda no interior do automóvel após ela tentar sair do carro em movimento. Ela disse que o ex-namorado puxou seu cabelo e bateu com sua cabeça no volante.
Segundo ela, ele parou o carro no estacionamento da Arena Pantanal e continuaram as agressões, como socos no rosto, puxões de cabelo e ameaças de morte. Ele teria dito que se fosse denunciado iria atrás para matá-la e também a denunciaria para o Comando Vermelho, onde ela seria punida com “salve”.
Ainda no relato, a jovem disse que H.E. após as agressões a levou para sua casa, a fez pegar o celular e comunicar os familiares que estava bem, sendo que em seguida foram até a casa da mãe do suspeito em Várzea Grande.
O jovem relatou que não foi a primeira vez que foi agredida, mas que seria a primeira que registrou a ocorrência. Ela citou que após a separação, o ex-namorado chegou a colidir com o carro em sua motocicleta.
H.E. possui várias passagens criminais por crimes de tráfico de drogas e roubo. Ele recém teria deixado o presídio e estava sendo monitorado pela tornozeleira eletrônica.
Diante dos fatos relatados pela vítima na manhã de sexta (23), H.E. foi preso. Na delegacia, ele acabou se machucando, pois se debateu na cela. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) precisou ser acionado e ele foi encaminhado ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC).
O detento foi baleado ao tentar fugir da unidade de saúde
Ainda na noite de sexta (23), H.E. conseguiu soltar a algema e tentou fugir do hospital. Os policiais precisaram atirar na perna do detento para contê-lo. Ele passou por cirurgia e segue internado.
O tiro atingiu o fêmur do detento. A família entrou com pedido de conversão de prisão preventiva para domiciliar, alegando que no Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, não tem suporte para dar continuidade no tratamento devido às condições em que ele se encontra, pois precisa de cuidados como curativos e fisioterapia.
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