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Conforme a Corregedoria-Geral, todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”
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Conforme a Corregedoria-Geral, todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”
Na manhã desta quarta-feira (17.04), a Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a Operação Diaphthora, com o objetivo de cumprir 12 ordens judiciais. Essas ordens decorrem de investigações que revelaram um esquema delituoso envolvendo um delegado e um investigador de polícia na cidade de Peixoto de Azevedo município localizado a 678 km de Cuiabá.
Durante essa operação, estão sendo cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e três medidas cautelares. Os servidores investigados são acusados de corrupção passiva, associação criminosa e advocacia administrativa.
O ponto de partida dessas investigações foi o recebimento de denúncias pelo Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral, indicando o envolvimento de policiais civis, advogados e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo, em práticas ilícitas, incluindo a solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e até mesmo o fornecimento de assessoramento de segurança privada por parte de autoridades policiais, configurando assim a formação de uma associação criminosa na localidade.
À medida que as investigações avançaram, tornou evidente o papel dos servidores, identificados como mentores e articuladores desse esquema ilícito, incluindo o titular da Delegacia de Peixoto de Azevedo e um investigador da mesma unidade, ambos aliados a advogados e garimpeiros locais.
Dentre os crimes praticados pela associação criminosa, constatou, através do inquérito, que o delegado e o investigador exigiam o pagamento de vantagens indevidas para a liberação de bens apreendidos, cobravam "diárias" para acomodação de presos nas instalações da delegacia e ainda solicitavam pagamentos mensais com a condição de influenciar nos procedimentos criminais em curso na unidade policial.
Todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”.
Todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro gabinete do crime, aponta Corregedoria-Geral da Polícia em MT
A Corregedoria-Geral destaca o apoio recebido da Diretoria Geral da Polícia Civil, da Diretoria de Atividades Especiais, por meio da Delegacia Fazendária, Gerência de Combate ao Crime Organizado e Gerência de Operações Especiais; Diretoria do Interior, Diretoria de Inteligência, Poder Judiciário e Ministério Público da Comarca de Peixoto de Azevedo.
Quanto ao nome da operação, "Diaphthora", este faz alusão ao termo grego para corrupção, denotando a ideia de um organismo vivo que penetra no corpo humano, causando a destruição dos órgãos por sua ação maligna. Traduzido para o contexto das investigações, refere-se às consequências devastadoras que a corrupção provoca quando praticada por agentes públicos, afetando negativamente a integridade pública e os princípios institucionais da Polícia Judiciária Civil. (Com informações da PJCMT).
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