Um adolescente de 17 anos, criador de um grupo com 18 integrantes em que armavam um suposto ataque a Escola Estadual União e Força, no município de Cáceres (225 km de Cuiabá), diz que fez uma brincadeira.
De acordo com a Polícia Judiciária Civil (PJC), 14 estudantes do grupo foram ouvidos pela Polícia Civil, sobre mensagens compartilhadas em um grupo na rede social Telegram, de suposto atentado.
Em depoimento na delegacia, o menor disse estar arrependido e que não era intenção promover ataque à escola.
Ele contou que o grupo durou apenas 1 hora e logo foi apagado. O jovem também alegou que viu outros grupos de escolas comentando sobre o atentado na escola Professor Raul Brasil, no município de Suzano, em São Paulo, e resolveu criar o grupo.
O delegado regional de Cáceres, Alex Cuyabano, informou que os alunos com idades entre 15 a 17 anos, disseram se tratar de uma “brincadeira” e que não foi identificado nenhum plano de ataque à escola.
O jovem que criou o grupo contou ao delegado que estava arrependido por ter envergonhado à família e seus pais. “Ele que criou o grupo chorou muito, está arrependido de envergonhar a família e os pais. Foi uma brincadeira de péssimo gosto”, contou.
Uma sindicância de apologia ao crime será encaminhada ao Ministério Público Estadual, segundo o delegado, e o órgão irá tomar as medidas referentes aos menores.
“Não foi observada uma letalidade maior que essa, algo que fosse arquitetado, um plano de ataque, nada nesse sentido. Foi mais uma brincadeira de jovens”, explicou o delegado.
Os envolvidos no grupo também não têm histórico de infrações penais ou mesmo ocorrências no âmbito escolar. A Coordenação da escola deverá realizar avaliação psicológica em todos os alunos que participaram do grupo no Telegram.
Porto Esperidião: Também em Porto Esperidião, um jovem de 18 anos, de uma escola na Vila Cardoso, comunidade rural no Distrito de Porto Esperidião, teria também feito um comentário sobre as mortes ocorridas em Suzano (SP), em um grupo que existe no colégio. O jovem foi ouvido e alegou estar muito “envergonhado e arrependido”.
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