Uma mulher identificada pelas iniciais K. T. B., 29 anos, consultora de viagens e proprietária de uma empresa em Várzea Grande, é acusada de estelionato por, no mínimo, seis vítimas. Os lesados registraram boletins de ocorrência.
Relatos indicam que a primeira vítima procurou a delegacia em outubro de 2014, quando M.B., proprietária de uma agência de viagens e turismo e empregadora de K.T., descobriu o uso indevido de dados e cartões de crédito de clientes pela suspeita. K.T. emitia passagens aéreas com esses dados, se apropriando dos valores correspondentes e falsificando assinaturas em contratos.
A empresária soube dos fatos em setembro de 2014, após ser alertada por um cliente sobre cobranças indevidas de compras não realizadas. O cliente, que não efetuou compras na agência naquele ano, reportou um prejuízo de cerca de R$ 5 mil. Consequentemente, K.T. foi demitida após confessar o crime.
Em setembro de 2021, K.T. abriu sua própria empresa. Em dezembro de 2022, ela vitimou H.M. da C.S., de Cuiabá. A vítima, que reportou o caso à delegacia em janeiro de 2023, afirmou ter comprado passagens de ida e volta de Cuiabá para Madri, Espanha, por R$ 6 mil via PIX.
As passagens foram enviadas por e-mail. Contudo, um dia antes do embarque, a suspeita alegou atraso no voo e solicitou mais R$ 4 mil para a emissão de uma nova passagem. Após a recusa da vítima, que exigiu o reembolso inicial, K.T. prometeu o retorno do dinheiro em 30 dias. Desconfiada, a vítima decidiu procurar a polícia.
Outras três ocorrências semelhantes foram registradas entre agosto de 2023 e abril de 2024, nas quais as passagens foram compradas e canceladas pela suspeita, que alegava reembolso em 40 dias.
A mais recente denúncia ocorreu em 11 de abril de 2024, feita pela advogada R.L.A., que descobriu que seu esposo também foi vítima de K.T. após tentar obter um empréstimo e ser informado sobre uma dívida de R$ 5.683,66 referente a uma compra de passagem aérea realizada em 2022. A advogada contactou a empresa em Foz do Iguaçu, que lhe mostrou um contrato com uma "assinatura eletrônica" e uma selfie do documento, os quais a vítima negou ter fornecido naquela época.
A vítima nega ter uma assinatura eletrônica naquela época e não reconhece a compra com a consultora K.T.. A empresa solicitou dois dias para resolver o problema, durante os quais a advogada descobriu que várias pessoas foram à delegacia com casos semelhantes.
Outro lado - A reportagem do tentou contato com a suspeita K.T.B., mas o telefone está desligado. O espaço permanece aberto para manifestação.
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