Membros do Comando Vermelho presos nesta sexta-feira (20.12) pela Polícia Civil fizeram uma competição, a mando de três lideranças dentro de presídios em Mato Grosso, para ver quem destruía mais câmeras do programa Vigia Mais MT, que custaram R$ 1,4 milhão ao município de Campo Novo do Parecis, a 402 Km de Cuiabá.
Documentos obtidos pela reportagem do mostram que os faccionados criaram um grupo de WhatsApp chamado "Gurizada", através do qual foi organizada a ação de destruição das câmeras recentemente instaladas.
Ao todo, foram presas oito pessoas pelo envolvimento no crime e dois menores de idade foram detidos. Segundo as investigações, os criminosos tinham que destruir os equipamentos, jogá-los em terrenos baldios e gravar todo o crime, enviando depois a gravação. Essas imagens, conforme a polícia, seriam enviadas nos grupos do Comando Vermelho na região.
A polícia contabiliza que ao menos oito câmeras foram destruídas pelos criminosos. O crime ocorreu por volta das 23 horas de quarta-feira (18.12).
A polícia identificou que os responsáveis pelo crime seriam responsáveis locais seriam os indivíduos P.H.C.S, vulgo "Nike", e M.J.L.M., vulgo "Di Bala". Além deles, também foram localizados e presos os suspeitos G.I.S., R.V.S.O., vulgo "Descontrole", e J.H.M.L.
A polícia localizou, depois de prendê-los, duas câmeras dentro de um bueiro e uma enterrada em um terreno baldio. A câmera no bueiro não foi recuperada.
Além disso, também foi preso em flagrante M.F.S.A, vulgo "Nativa". Em seguida, foi preso G.V.S.N. e M.A.S. Por último, a polícia prendeu os suspeitos A.G.S.N, vulgo "Pastor" e V.K.C.S., totalizando 10 suspeitos, dos quais dois são menores de idade.
Segundo a polícia, a ordem para destruição das câmeras de monitoramento veio do presídio, por intermédio das pessoas com o vulgo "Cachorro Loko", "Ezequiel" e "Betão".
A polícia apurou que a ordem seria destruir todas as câmeras do sistema Vigia Mais na cidade e o objetivo era de que tivessem quebrado ao menos vinte câmeras na madrugada do ocorrido.
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