Um adolescente, 17 anos, e a namorada, 16 anos, que não tiveram a identidade revelada, acusados de matarem o motorista de aplicativo, José Messias Santos Correia, 48 anos, na manhã desta quarta-feira (10.01), em Rondonópolis (a 217 km de Cuiabá), foram apreendidos, horas após o crime.
Conforme a Polícia Civil, os adolescentes confessaram o crime e disseram que esfaquearam e mataram José, após ele ter supostamente assediado a adolescente de 16 anos durante uma corrida, no último sábado (06). As investigações do homicídio iniciaram nesta manhã (10), após o motorista de aplicativo ter sido encontrado morto com golpes de faca e marteladas.
Durante a realização da perícia no local onde a vítima foi encontrada, foram localizadas ferramentas como martelo, alicate, um disco de corte e a ponta de uma faca, esparramados nas proximidades do veículo. Após diversas diligências, os policiais da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) localizaram um dos adolescentes, o garoto, em uma oficina mecânica no Parque Universitário.
Ao avistar a equipe policial, o menor ficou apreensivo e começou a gaguejar. Ao ser entrevistado na presença do pai, ele confessou a morte do motorista de aplicativo, cometida em companhia de sua namorada.
O menor foi encaminhado à delegacia, acompanhado pelo pai. Os policiais apreenderam na residência dele as roupas usadas durante o crime, que estavam lavadas e escondidas no fundo da casa, e ainda apresentavam manchas de sangue. O adolescente está com cortes nas mãos decorrentes dos golpes contra a vítima.
A adolescente foi localizada no bairro Santa Clara 2 e conduzida à DHPP acompanhada pela mãe. Em conversa com os policiais, ela também confessou a participação no homicídio e disse que jogou o celular da vítima próximo onde o veículo fora localizado. A menor alegou ainda que teria cometido o ato infracional porque, supostamente, a vítima teria a assediado durante uma corrida no último sábado (06).
Os dois menores foram autuados em flagrante por ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado cometido por motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel. O delegado João Paulo Praisner encaminhou representação pela internação do casal de adolescentes.
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