O aposentado Nicomedes Francisco Pinto Lopes, 69 anos, foi morto com dois tiros e o crime foi motivado, segundo o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), Guilherme de Carvalho Bertoli, após um dos suspeitos pronunciar, sem querer, o nome de um dos comparsas, que seria o pedreiro da vítima, que estava no cativeiro sendo feito de refém.
Nicomedes desapareceu em 21 de março em Chapada dos Guimarães (a 68 km de Cuiabá), e foi encontrado, já em estado de decomposição, em 25 de março, no trevo da entrada da mineração Brita Guia, na Estrada da Guia (MT-010), em Cuiabá.
O suspeito, que teve o nome revelado pelo comparsa, no cativeiro, já teria sido pedreiro da vítima, e com medo de ser reconhecido na cidade ou com medo de uma possível prisão, surgiu à ideia de execução, que no caso, evoluiu para o crime de homicídio qualificado, e com fim de garantir a impunidade do crime majorado.
Durante a coletiva de imprensa, na tarde dessa terça-feira (1º.06), o delegado informou que a ideia, no início da ação dos bandidos, seria somente manter a vítima em cativeiro, até que conseguissem subtrair todos os valores do aposentado, no entanto, as coisas mudaram de rumo.
Leia mais - Oito pessoas são alvos de operação que apura morte de aposentado de Chapada Guimarães
Corpo de servidor aposentado é encontrado em estado decomposição em Cuiabá
Na operação realizada na manhã de hoje, um dos mandados foram cumpridos na Penitenciária Central, e o preso é um dos mentores do crime. Ele será interrogado e espera ter mais informações relevantes para concluir o caso.
Dois casais que foram presos em 25 de março, pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), também tiveram as prisões decretadas. As diligências continuam para cumprir o mandado de prisão de mais três pessoas. “Com as prisões, serão feitos novos interrogatórios, para buscar mais informações e elementos para poder individualizar a conduta de cada um dos criminosos durante a ação”, declarou o delegado.
Questionado se o crime tem relação com organização criminosa, e inclusive operada de dentro da cadeia, o delegado disse que pelas informações que a polícia têm até o momento, sabe-se que não foi um trabalho que iniciou com autorização ou coordenação de facção criminosa em si, mas existem informações de identificados de criminosos faccionados.
Ainda, sem dar nome, o delegado afirmou que existe uma prova testemunhal de quem atirou na vítima, e que vai ser apurada e validada até o final das investigações.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).