A mãe de uma adolescente de 13 anos, registrou boletim de ocorrência após chegar em casa e encontrar a filha com os pulsos mutilados dizendo que preferia morrer a ter que voltar para a Escola Estadual Ana Maria das Graças de Souza de Noronha, localizada em Cáceres (a 220 km de Cuiabá). Ela disse que estava sofrendo bullying e agressões de colegas na unidade de ensino por causa do seu cabelo.
Ao , a mãe Nelli Biasutti, relatou que desde fevereiro deste ano a filha vem sofrendo agressões físicas e psicológicas dos estudantes. Ela contou que chegou a procurar a direção da escola para que fossem adotadas medidas contra os agressores, no entanto, ninguém foi responsabilizado pelos atos e nem seus pais foram informados sobre a situação.
Emocionada, a mãe relatou que a filha adorava a escola e na última quinta-feira (14.12) ao chegar em casa, ela [Nelli] encontrou a adolescente com o braço todo mutilado dizendo que não tem mais "paz e que a única pessoa que a amava era ela [mãe], por que todos ficam xingando-a por causa do seu cabelo.
“Eu não quero nunca mais ver minha filha chegar e falar para mim o que ela me disse hoje, que preferia morrer do que continuar nessa vida. Eu peguei o braço dela todo rasgado com caco de vidro. Ela falou que a única pessoa que ama ela sou eu, mas que ela não aguentava mais ficar nesse mundo. Ela gostava tanto de estudar, mas agora não tem paz na escola, porque todo mundo fica xingando ela porque ela tem o cabelinho cacheado”, desabafou a mãe.
Ela disse que diante da situação na última sexta-feira (15.12), foi até a delegacia e registrou boletim de ocorrência. Ainda segundo Nelli, a escola a procurou e tentou fazer um acordo para que ela não registrasse a ocorrência, mas por estar cansada de buscar apoio e solução na unidade sem qualquer resposta, agora deseja que os adolescentes sejam responsabilizados e os pais fiquem cientes do que está acontecendo.
No boletim, a mãe relatou que a filha é ofendida com frases como "Cabelo de Bombril", "Cabelo de fogo", "Cabelo de Merda", e cita que foi informada que os alunos estavam planejando cortar o cabelo da adolescente usando a força. Além dos xingamentos devido ao seu cabelo, os alunos ainda falam das partes do corpo da jovem e insultam o jeito dela andar, falar e se vestir.
Outro Lado: O tentou entrar em contato com a escola para saber quais as medidas a unidade está adotando, no entanto, não obtivemos retorno. Também tentamos contato com a Secretaria do Estado de Educação (Seduc) e até o momento, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para esclarecimentos.
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