Antes de morrer, a adolescente Gabriela da Silva Pereira, de 16 anos, negou ter feito críticas à maconha vendida pela facção criminosa Comando Vermelho em Cáceres e também negou ser integrante da facção rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC). Gabriela foi morta no domingo (01.09) após ser torturada por integrantes da facção criminosa.
Gabriela foi atraída para o local onde morreu com convites que recebeu para beber em um bar da região e, em seguida, para fumar em uma praça em Cáceres. Algumas das pessoas que confraternizavam com ela, participaram da execução
A vítima foi morta porque criticou, em uma live, as drogas vendidas pelo Comando Vermelho. Os membros da facção também a acusaram de postar fotos fazendo o sinal do PCC (tudo 3).
Gabriela e uma amiga foram levadas pelos assassinos para uma casa no bairro Jardim Primavera. No local, começaram a ser questionadas sobre o caso. Os suspeitos fizeram uma chamada de vídeo para uma terceira pessoa, não identificada pelas testemunhas. O criminoso seria o responsável por realizar o "julgamento" da menor.
Antes da tortura, Gabriela negou ter criticado a droga da facção e disse apenas ter comparado a maconha com o "skank de laboratório". Os criminosos desbloquearam os celulares das menores e apontaram uma foto em que Gabriela fazia o sinal de três. A menor afirmou que a foto era do ano passado e tentou se defender da retaliação, mas não teve sucesso.
A amiga de Gabriela foi liberada pelos criminosos, sob ameaça de que, se contasse algo a alguém, ela e toda a sua família seriam mortas.
Frieza no assassinato
Em depoimento, um dos dois suspeitos contou que Gabriela foi morta com golpes de faca no pescoço e com uma paulada na cabeça.
A menor foi levada pelos criminosos de moto da casa onde estavam no Jardim Primavera até a Estância Sorriso. Ao descer da moto, o suspeito B.O.V.B., preso em flagrante nesta terça-feira (03/09), contou que tentou golpear a vítima, mas ela sobreviveu. Em seguida, continuaram desferindo golpes até que ela morresse. Gabriela estava com a boca amarrada no momento do assassinato.
Outro homem, identificado pelas iniciais J.S.R., também foi preso em flagrante por participação no crime.
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