A quarentena é a medida mais segura e eficaz para conter a propagação do novo coronavírus (Covid-19), no entanto, para muitas mulheres, o lar tem não tem sido um lugar seguro. É o que aponta um levantamento da Secretaria de Segurança Pública (Sesp) de Mato Grosso.
As ocorrências de feminicídio, inviolabilidade do domicílio, violação de domicílio, estupro geral, importunação sexual, produzir, fotografar, filmar ou registrar conteúdo de nudez ou ato sexual sem autorização dos participantes contra mulheres na faixa etária entre 18 a 59 anos tiveram um aumento de janeiro a novembro.
Segundo o levantamento, 54 mulheres morreram em decorrência de feminicídio neste ano, enquanto em 2019 foram 38 ocorrências.
Em relação ao crime de produzir, fotografar, filmar ou registrar conteúdo de nudez ou ato sexual sem autorização disparou de cinco ocorrências para 18 ocorrências, um aumento de 260% em um ano. Em segundo lugar na lista da Sesp é a inviolabilidade do domicílio que cresceu de sete casos para 19.
Em Cuiabá e em Várzea Grande, os casos que mais aumentaram na pandemia foram a inviolabilidade do domicílio com 100% e registrar conteúdo de nudez ou ato sexual sem autorização também com 100%.
Um dos casos mais brutais registrados em Várzea Grande foi o da adolescente Layne Alves Dias, 16 anos, morta com várias lesões na cabeça e no rosto, no bairro São Mateus, no dia 28 de setembro. Na época, seu namorado apresentou álibi contraditório, mas acabou confessando o crime.
O segundo caso foi de uma mulher de 28 anos, encontrada morta em um matagal na zona rural, em 20 de agosto. O corpo já estava em decomposição. O namorado, na época, foi preso, mas negou o crime.
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