*Coronel Pery Taborelli
Faltando pouco mais de um mês para as eleições de 5 de outubro, conclamo a sociedade mato-grossense a fazer uma reflexão sobre a atual conjuntura política e social, em que se encontra o Estado de Mato Grosso. Um Estado rico, mas que não consegue transformar esta riqueza em qualidade de vida à sua população, que padece com a falta de segurança e saúde.
Nunca se ouviu falar tanto sobre falta de segurança como nos últimos anos. Em pleno século XXI, as pessoas estão sendo abatidas em plena luz do dia e os crimes não são solucionados. A impunidade é tão grande, que os marginais perderam o medo e o respeito pelas autoridades.
O que fazer diante deste caos e insegurança que estamos vivendo? Em mais de 30 anos trabalhando diretamente na área de segurança pública, no dia-a-dia nas ruas, em embates direto com todo tipo de delinquentes, aprendemos muito e, infelizmente, nunca fomos convocados pelos governos para discutir segurança no Estado. Ao longo dos anos, presenciamos o lançamento de inúmeros projetos, alguns nunca saíram do papel. A conclusão que chegamos é que não interessa para o governo resolver o problema, porque assim acabaria os discursos e o dinheiro que são investidos de forma equivocada ou para beneficiar políticos desonestos.
Não dá mais para conviver com este descaso, a população necessita urgente de resposta. O Estado não pode permitir que marginais detenham o comando e amedrontem a população que paga seus impostos e ainda os mantêm alimentados quando a polícia consegue prendê-los. As pessoas de bem estão ficando trancadas em suas residências e quando saem ou chegam estão apavoradas. Além de assaltadas, sofrem violência física e psicológica. E o pior é que não registram mais as ocorrências porque não acreditam na Justiça. As estatísticas que o governo tem não refletem a realidade. As pessoas são roubadas e ainda ficam a mercê dos bandidos, que ainda pedem resgate para devolver os bens que levaram das vítimas de forma cruel.
A que ponto chegou. Isso tudo é fruto da incompetência dos governos que não tratam segurança pública com o devido respeito e valor que merece. É preciso tratar segurança pública por meio de políticas públicas. Oferecer ao cidadão, o que assegura a Constituição Federal. Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Portanto, não tem como tratar segurança pública isolada das questões sociais. Segurança Pública se promove assegurando os direitos fundamentais aos cidadãos e tendo em vista a mão forte do Estado. Sem isso, todas as promessas não passarão de conversa fiada para enganar a sociedade e obter votos. Tenho Dito e Tenho Feito!
*Pery Taborelli – popular coronel Taborelli é vereador por Várzea Grande e candidato a deputado estadual em Mato Grosso.