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Opinião Sexta-feira, 11 de Janeiro de 2013, 08:36 - A | A

Sexta-feira, 11 de Janeiro de 2013, 08h:36 - A | A

Saúde pública

O ministério da Educação precisa combater a obesidade política

Gabriel Novis Neves

 

Há séculos os cientistas lutam contra os males que abatem a humanidade. Sífilis, tuberculose e AIDS foram as mais recentes tormentas vencidas pela ciência.

Essas doenças ainda não foram eliminadas da face da terra por absoluta falta de vontade política dos governantes, pois a medicina dispõe de recursos farmacológicos para isso.

No século atual, os maiores problemas de saúde pública estão em campos diametralmente opostos – a fome e a obesidade mórbida.

A fome é consequência da obesidade mórbida de certas categorias sociais, especialmente de países desenvolvidos.

Todos conhecem o problema vivido atualmente pelas Forças Armadas do maior Império do planeta, que são os Estados Unidos da América do Norte.

Os seus soldados, de tão obesos, não seriam eficientes nas antigas guerras onde o confronto físico, que exigia agilidade e reflexo, era inevitável.

Hoje, com a tecnologia de ponta que possuem, continuam dominando o mundo com o uso de botões acionados por computadores. São capazes de disparar foguetes atômicos, pilotar aviões sem tripulação e patrulhar possantes submarinos atômicos dirigidos por satélites.

Com o domínio da tecnologia e muitos dólares para investimentos, a obesidade nas Forças Armadas Americanas foi derrotada pelos botões inteligentes.

Enquanto isso, milhões morrem de fome em países subdesenvolvidos.

No continente africano as cenas são cruéis quando assistimos pela televisão ao desfile de verdadeiros esqueletos ambulantes de crianças e adultos.

No nosso país - detentor da sexta economia mundial - o quadro de miséria é tão sério, que se tornou meta prioritária do governo atual combatê-la.

Mesmo assim enfrentamos o sério problema da obesidade mórbida atacando crianças e adultos. Dentre as inúmeras causas destaco uma das mais importantes, a falta de educação alimentar.

Existe outro segmento composto da elite dominante também com essa doença.

Basta acessar o Portal da Transparência do Senado Federal para constatar o tipo de alimentação dos “pais da pátria”.

Uma só refeição dos nossos dispensáveis senadores é bem superior ao preço de uma cesta básica.

Também é necessário esclarecer que o causador da obesidade mórbida, comprovado pelos gastos de indenização das refeições dos nossos senadores em restaurantes cinco estrelas, é a generosidade do nosso Tesouro Nacional.

Importante frisar que no período legislativo as refeições servidas no restaurante do Senado são pagas pela Casa Legislativa.

Essa obesidade política a medicina é impotente para combater, sendo esta uma tarefa para o Ministério da Educação, e não, o da Saúde.

Somente com uma boa educação formaremos cidadãos capazes de exercer a cidadania.

Através da educação de qualidade teremos condições de mandar para o Senado da República brasileiros educados em alimentação, sem fermentos do nosso Tesouro Nacional.

Também a miséria e pobreza no Brasil sucumbirão à educação.

Só falta ao governo vontade política para extirpar esse terrível câncer social.

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