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Opinião Sexta-feira, 10 de Fevereiro de 2017, 11:00 - A | A

Sexta-feira, 10 de Fevereiro de 2017, 11h:00 - A | A

Opinião

O 8° Mandamento

por Elizeu Silva

Dos 10 Mandamentos dados por Deus para que tenhamos uma vida feliz e próspera, talvez o 8º deles: ‘Não Furtarás’, seja o menos obedecido no momento, mundo afora. No Brasil não é diferente. Grande parte dos brasileiros vem desobedecendo de maneira desafiadora a esse preceito dado pelo Altíssimo. Satirizando sobre as alucinações de um ex-presidente brasileiro, dizemos que: “nunca houve na história deste país pessoas com tamanhas mãos-leves.” Seria a personificação da roubalheira sem limites sobre a bufunfa pública. São bilhões de reais afanados diariamente. As operações policiais, em especial a ‘Lava Jato’ demonstra o amplo esquema de corrupção envolvendo empresários e políticos de diversos partidos, tendo como os mais citados militantes do PT: comandantes de poderosas empreiteiras do país e uma das maiores estatais brasileira, a Petrobras. Os críticos não hesitam em apontar que foi através do PT que tanta ladroagem permeou de maneira assustadora na classe política/empresarial brasileira, levando nossa economia ao caos.

Nem é preciso confessar ser um religioso para concordar que as 10 regras básicas para trilharmos no caminho do bem foram deixadas de lado. Esqueceram-se as Leis Sagradas dadas por Deus a Moisés, contidas no Antigo Testamento (livro de Êxodo), dando espaço a essa patifaria maldita. Claro que essa tentação de usurpar da coisa do outro sempre existiu desde que mundo é mundo: herança adâmica que devemos combater diariamente, mas que se avolumou nos últimos tempos. Com a massificação do surrupio do dindin do povo nos Poderes Constituídos da nação brasileira, se percebeu que a maioria dos eleitos ou designados com a finalidade da defesa do bem comum, não está nem ai para as questões sociais. É notória a falta de respeito desses escolhidos. Muitos deles penetram na política para beneficiar-se pessoalmente e jamais pensam na população. O intuito de 'público' é deixado de lado e somente o interesse ‘particular’, prevalece.

Todos os dias depararmos com a dita cuja corrupção. Ela se apresenta de todas as maneiras possíveis, seja por desvios de verbas públicas destinadas à saúde, moradia, lazer, transporte, educação, etc. A sede insaciável ao dinheiro tem transformado pessoas em raposas avarentas que agem para o bel-prazer a fim de suprir as próprias necessidades. O que é pior, pois há casos que tais necessidades nem existem e são puramente inventadas no intelecto desses saqueadores psicopatas. A ganância desses cínicos empresários e políticos têm levado brasileiros ao fundo do poço, principalmente os menos favorecidos. Neles, a ladroagem massacra levando as necessidades básicas de subsistência como: comida, roupa, moradia e principalmente cuidados médicos. Quantos morrem diuturnamente nas filas de hospitais necessitando de um atendimento médico pelo SUS? A corrupção gera desgraça e revolta o povão. Basta atentar para as ruas no momento. Ora! O roubo é imoral, é um ato abusivo contra o outro por si só. Além de prejudicar a pessoa lesada, ainda há situações que seu efeito impede para sempre que o lesado reponha a perda sofrida. O mais doído nisso é saber que a atitude do ladrão, quando não tira a vida da vítima, abafa a dignidade da pessoa roubada de não possuir o que tem por direito. Também demonstra a ausência de respeito e amor para com o próximo.

Todavia, em hipótese alguma devemos pensar que somos certinhos e cumprimos o 8º Mandamento só porque não arrombamos a porta de uma casa para roubar os bens de quem mora nela. Há roubos por situações diferentes, que o diga o meu amigo e cientista político – João Edisom de Souza. Para ele, quando praticamos a mentira, enganamos alguém e até quando furamos o sinal de trânsito ou jogamos papel de balinha pela janela do carro enquanto dirigimos, afrontamos os deveres dos verdadeiros cidadãos honestos, o que concordo plenamente. Sendo assim, se quisermos um Brasil melhor para se viver, é bom que todos nós atentarmos para rápidas mudanças. Mudança de escolhas política, de atitudes e principalmente de comportamento, até porque o Evangelho de Cristo é claro: “se roubarmos do outro aquilo que lhes é devido, tornamos-nos ladrões perante o vindouro tribunal de Deus.”

Elizeu Silva é jornalista em Mato Grosso: [email protected]

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