Inegável fonte de informações, entretenimento, divulgação e interatividade, as mídias sociais terão papel fundamental nas eleições brasileiras de 2012. Já usada como ferramenta de campanha, a internet diminuiu o poder da TV - enquanto o candidato apresenta seu plano de governo, os eleitores estão falando ao celular e navegando no Facebook e Twitter.
Utilizadas com extremo sucesso na campanha de Barack Obama durante a corrida presidencial americana de 2008, as redes sociais não só o aproximaram dos seus eleitores, como também foram responsáveis por 47% do dinheiro arrecadado, só no Twitter.
Além do Facebook e Twitter, outro canal de grande importância é o YouTube. Se na TV os candidatos controlam sua imagem, no YouTube qualquer pessoa pode divulgar um pequeno vídeo feito com o próprio celular. Aliás, esse será o grande desafio das próximas eleições: a regulamentação das mídias sociais.
Segundo a ministra da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Helena Chaves, durante a Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão, na Câmara dos Deputados, "o número de pessoas que lidam com as redes sociais é enorme e não há nada a ser feito em termos de regulamentação por causa da liberdade de expressão. Esse é o desafio porque há pessoas que entram na Justiça reclamando dos abusos que destroem reputações".
A ministra disse ainda que a internet é um dos espaços mais caóticos de expressão e é quase impossível de ser fiscalizado. "Acho quase impossível fiscalizar [a internet]. É uma sinuca de bico e temos que encontrar a medida certa, mas nada que controle o conteúdo", defendeu.
Dessa forma, caberá ao candidato que decidir utilizar as mídias sociais em sua campanha vigiar constantemente os perfis a fim de interagir nas boas e más mensagens a seu respeito.
Alguns eleitores, entretanto, já estão se manifestando contra as campanhas via Facebook, defendendo o direito de usar esse espaço apenas para os assuntos de sua livre escolha.
Este é, portanto, outro desafio desta campanha. Além de controlar o que é publicado, os candidatos terão que descobrir uma maneira de envolver e engajar o eleitor, sem invadir seu espaço e sem correr o risco de ser "excluído". Está lançada a tarefa.