A escolha do advogado Luís Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal pode ter sido uma decisões mais acertadas da presidente Dilma Rousseff até aqui. Refletida, amadurecida e tomada após um processo que consumiu seis meses de entrevistas e negociações, ela deve contribuir para recolocar nos seus devidos eixos a suprema corte brasileira.
Cauteloso, Barroso evitou dar quaisquer declarações sobre o julgamento da Ação Penal 470, que entrará em nova fase no segundo semestre, mas mandou um recado importante para o Congresso, que fará sua sabatina, e para os próprios colegas, ao dizer que "decisão política toma quem tem voto". Uma mensagem que atinge, sobretudo, o ministro Gilmar Mendes, que, recentemente, abriu uma crise institucional ao impedir que uma lei sobre fidelidade partidária tramitasse no Congresso.
Barroso chegará ao STF no momento em que a mercadoria que o Brasil mais necessita é justamente a harmonia entre os poderes – ou, como bem definiu o ex-presidente Lula, uma situação em que cada macaco permaneça no seu galho. Pelo que demonstrou até agora, o novo ministro também não será verborrágico, evitando cair na tentação de se transformar num personagem midiático. Afinal, Barroso se preparou a vida toda para ser um ministro do STF – e não uma celebridade.
Por último, seu posicionamento em temas relacionados aos direitos civis, como a união homossexual, a interrupção da gravidez e o uso de células-tronco, é também animador. Os ataques recebidos até agora de personagens trevosos como o pastor Silas Malafaia, na verdade, depõem a favor do novo ministro.
licitante 28/05/2013
Se de fato é para cada macaco ficar no se galho, o mais acertado é que a comunidade jurídica é que deveria ter escolhido o seu representante, e não escolhas feitas à base de articulações políticas. E vem essa cabra dizer que ele será o que menos políticos dos ministros. Não acredito em qualquer um que exerça o ativismo judicial. Defensor das cotas, da eutanásia dos anencéfalos, e que se calou (portanto concordou) diante da estapafúrdia decisão do CNJ de obrigar os cartórios a proceder os casamentos dos homossexuais. Reza pela cartilha do PT.
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