A corrida eleitoral para a sucessão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em Cuiabá no próximo ano pode, de fato, refletir a polarização entre Lula e Bolsonaro que ainda alimentada por ambos os lideres.
As mais recentes pesquisas eleitorais indicam que as candidaturas do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (União), do deputado estadual Lúdio Cabral (PT) e do deputado federal Abílio Júnior (PL) têm a preferência do eleitorado cuiabano.
Enquanto Eduardo Botelho, um político de centro-direita, se consolida como uma alternativa de terceira via, Lúdio Cabral, filiado ao mesmo partido do presidente, representa a esquerda e Abílio Júnior, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é identificado como uma referência da extrema-direita no Estado.
Abílio Júnior, que já liderou as pesquisas eleitorais para a prefeitura de Cuiabá, agora disputa o segundo lugar com Lúdio Cabral. Assim, uma eventual disputa entre eles poderia reeditar a polarização nacional na capital de Mato Grosso.
Essa potencial polarização não é espontânea; ela não apenas reflete os desdobramentos das últimas eleições, mas também é construída e alimentada por seus protagonistas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou em um evento do partido no início do mês que a eleição no próximo ano será uma disputa entre ele e Bolsonaro. "Sinceramente, acredito que essa eleição será mais uma vez Lula e Bolsonaro competindo nos municípios", declarou o presidente.
Por outro lado, o ex-presidente Bolsonaro tem marcado presença em eventos do partido em várias cidades pelo Brasil. No último sábado (16.12), esteve em Curitiba e aproveitou a oportunidade para criticar o atual gestor.
Essas posturas, tanto de Lula quanto de Bolsonaro, contribuem para manter o país dividido e levam a polarização deles para as eleições municipais. Em Cuiabá, o cenário que se apresenta não será diferente.
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