A Justiça francesa autorizou nesta terça-feira (2) a extradição para a Grã-Bretanha do professor Jeremy Forrest, detido sob acusação de fugir com uma aluna de 15 anos.
Forrest, de 30 anos, e a adolescente Megan Stammers foram presos na sexta-feira em Bordeaux, mais de uma semana após terem deixado a Grã-Bretanha.
Megan retornou no sábado à Grã-Bretanha. Ela havia sido considerada desaparecida pela família no dia 21 de setembro após não comparecer à escola.
Posteriormente, a polícia descobriu, por meio de imagens de circuito interno de uma balsa que faz a travessia do Canal da Mancha, que os dois haviam fugido para a França.
Forrest compareceu, na manhã desta terça-feira, a um tribunal em Bordeaux e concordou com a extradição.
Seus advogados disseram que ele foi bem tratado no centro de detenção em Bordeaux.
Comoção
A fuga do professor e da aluna provocou comoção na Grã-Bretanha e gerou uma megaoperação de buscas envolvendo as polícias britânica, francesa e a Interpol.
Durante as buscas, as famílias dos dois fizeram apelos emocionados para que eles retornassem às suas casas.
Forrest foi detido na companhia de Megan na sexta-feira após uma denúncia anônima à polícia.
Os dois haviam se estabelecido em Bordeaux e estavam percorrendo bares da cidade em busca de emprego.
Questionamentos
O caso levantou questionamentos na mídia britânica sobre o papel da polícia local, que teria sido informada sobre o relacionamento ilegal entre o professor e a aluna uma semana antes da fuga dos dois para a França.
A prefeitura local, que administra a escola onde Forrest lecionava e Megan estudava, também acompanhava o caso, mas não se sabe se alguma medida foi tomada pelas instituições para proteger a adolescente.
Segundo a mídia britânica, o professor, que se casou no ano passado, havia postado um comentário em um blog em maio afirmando enfrentar um 'dilema moral'.
Esta é a terceira vez em que um integrante do corpo docente da escola Bishop Bell Church of England School, em Eastbourne, é envolvido em um escândalo.
Em fevereiro de 2009, o professor Robert Healy foi preso por sete anos, depois de admitir relações sexuais com duas alunas com idades entre 15 e 16 anos.
No início deste ano, também foi revelado que um padre aposentado fora autorizado a permanecer como diretor da escola por mais de um ano depois de 38 acusações de abuso sexual infantil virem à tona.