Um novo laudo médico é a esperança da família do brasileiro Rodrigo Gularte, no corredor da morte na Indonésia, para livrá-lo da execução. O documento, elaborado por um médico credenciado pelo governo indonésio, recomenda a internação imediata de Gularte em um hospital psiquiátrico.
Gularte foi condenado à morte em 2005 por entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em oito pranchas de surfe. Ele está preso desde julho de 2004, quando foi detido no aeroporto de Jacarta.
No documento, obtido pelo jornal Folha de São Paulo, o médico responsável pelo laudo afirma que "o paciente apresentou sintomas de transtorno mental crônico com diagnóstico de esquizofrenia paranoide e transtorno bipolar com características psicóticas". Segundo ele, Gularte apresenta "alucinações visuais e auditivas" e pensamentos "não realistas". De acordo com o jornal, o psiquiatra H.Soewadi entrevistou Gularte na prisão na última terça-feira (10.02), com outros quatro profissionais.
Ao G1, a prima do brasileiro que acompanha o caso na Indonésia, Marlise Gularte de Carvalho, disse que o laudo foi encaminhado à embaixada da Indonésia em Brasília e para a chancelaria do país em Jacarta. A família aguarda resposta.
De acordo com a reportagem, a avaliação foi solicitada pelas autoridades locais após o governo brasileiro apresentar um diagnóstico de psicose paranoica do preso e solicitar sua internação em um hospital psiquiátrico. O objetivo é ter a avaliação de um profissional que não esteja ligado à defesa do condenado.