O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (29) que o furacão Sandy vai ser uma tempestade "grande e poderosa" e apelou aos americanos que saiam de suas casas se forem orientados.
Obama, que falou da Sala de Situação da Casa Branca, disse que o centro da tempestade deve chegar ao continente na Costa Leste em algum momento durante a noite desta segunda.
Obama cancelou eventos de campanha eleitoral no Wisconsin e na Flórida para permanecer na Casa Branca para monitorar a chegada de Sandy, que deve ser a maior tempestade já enfrentada pelo país.
Os EUA vão às urnas para a eleição presidencial em 6 de novembro.
Obama também já havia cancelado uma aparição no final do dia em Ohio, considerado o Estado indeciso mais crucial para definir o resultado das eleições.
Tentando demonstrar que havia aprendido as lições do fracassado manuseio de seu antecessor na Casa Branca, George W. Bush, diante do furacão Katrina em 2005, Obama tentou projetar a imagem de um presidente totalmente engajado no uso de recursos para lidar com uma emergência nacional iminente.
Romney
Enquanto Obama suspendeu sua campanha para recuperar o controle da situação de emergência, seu rival republicano Mitt Romney deverá dar continuidade ao seu giro pelos estados-chave, mantendo-se a oeste da região ameaçada pelo furacão, em Ohio, Iowa e Wisconsin.
Seu porta-voz Andrea Saul informou que Romney "está preocupado com a segurança e o bem-estar dos que estão no caminho", e que contatou os governadores republicanos da Virgínia e de Nova Jersey, estados costeiros ameaçados. Sua sede de campanha anunciou que vai distribuir bens essenciais para as vítimas potenciais.
Mas os discursos de Romney para atacar Obama podem parecer deslocados no momento em que o presidente ordenou uma mobilização governamental de emergência.
Embora todas as pesquisas apontem os candidatos rivais praticamente empatados, com uma ligeira vantagem para Obama em estados-chave, os efeitos a médio prazo da tempestade permanecem uma incógnita.
Eventuais cortes prolongados de energia, por exemplo, poderiam impedir alguns eleitores de votar em urnas eletrônicas.
