O Ministério da Saúde confirmou nessa quinta-feira (25.07) duas mortes por febre oropouche no país. As vítimas são duas mulheres que moravam no interior da Bahia. Elas tinham menos de 30 anos e não possuíam comorbidades.
A pasta informou que investiga uma morte em Santa Catarina, assim como quatro casos de interrupção de gestação e dois de microcefalia em bebês têm relação com a doença. Os casos foram registrados em Pernambuco, Bahia e Acre.
Além disso, foi descartada a relação da febre oropouche com uma morte no Maranhão.
Ainda conforme a pasta, em 2024 foram confirmados mais de 7,2 mil casos da doença em 16 Estados, entre eles Mato Grosso. Contudo, os dados atualizados ainda não divulgados.
Em 11 de julho, o Ministério da Saúde emitiu uma nota técnica a todos os Estados e municípios recomendando o reforço da vigilância em saúde sobre a possibilidade de transmissão vertical do vírus.
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Febre Oropouche
A febre oropouche é uma doença causada pelo arbovírus Orthobunyavirus, transmitido pela picada de mosquito e pode infectar humanos e animais. A identificação do vírus no Brasil ocorreu pela primeira vez em 1960, a partir de uma amostra de sangue de uma preguiça capturada durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
A doença é transmitida pela picada do mosquito Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora, que está presente tanto em áreas silvestres como em áreas urbanas.
Os sintomas da doença são semelhantes aos da dengue e incluem febre — temperatura entre 38 e 39.5°C —, dor no corpo e nas articulações, calafrios, dor de cabeça, náuseas, vômitos e diarreia. Eles duram, em média, uma semana.
O diagnóstico da doença é feito apenas por exame laboratorial através da coleta de sangue.
Não há um medicamento específico para tratar a febre oporouche, então o tratamento é focado em amenizar os sintomas da doença.
Podem-se usar analgésicos, antitérmicos e medicamentos para enjoo. Não há remédios contraindicados para tratar os sintomas da doença. Além dos medicamentos, é indicado também que o paciente faça repouso e cuide da hidratação.
Os médicos recomendam que a pessoa infectada use repelente para evitar ser picado por outros mosquitos no período de viremia - circulação do vírus no corpo – evitando que outros mosquitos se infectem com o vírus e a doença se espalhe.