Em 2023, os 1% da população brasileira com maiores rendimentos domiciliares per capita tiveram renda 39,2 vezes superior à dos 40% da população com menores rendimentos.
Os dados fazem parte de uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O levantamento mostra que os 1% da população com maior rendimento domiciliar por pessoa tiveram, no ano passado, renda mensal média de R$ 20.664. Já os 40% dos brasileiros com menor rendimento obtiveram R$ 527. Em 2019, a diferença era de 48,9 vezes – a maior já registrada.
Conforme o IBGE, embora tenha havido um aumento da renda média domiciliar per capita em todos os estratos, quando comparados os rendimentos médios das diferentes classes, observa-se que a desigualdade no país permanece acentuada.
A pesquisa também apresenta a informação de que a renda per capita dos 40% da população com menores ganhos registrou o maior valor da série histórica.
Entre 2019 e 2022, essa parcela da população experimentou um crescimento de 19,2% em sua renda per capita, passando de R$ 442 para R$ 468.
No ano seguinte, entre 2022 e 2023, o aumento foi ainda maior, alcançando 12,6%, o que elevou a renda média per capita desse grupo para R$ 527.
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