Montagem
Juiz agredido reclama de punição de atleta: "Tinha que ser banido"
O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS) aplicou pena de suspenso por dois anos do futebol ao jogador Willian Ribeiro por agredir o árbitro Rodrigo Crivellaro, durante partida válida pela Série A2 do Campeonato Gaúcho. A decisão foi proferida na última segunda-feira (18.10). A agressão ocorreu durante a partida entre São Paulo-RG e Guarani-VA.
No julgamento, o atleta afirmou que estava arrependido por ter agredido o árbitro e alegou que foi xingado por Rodrigo Crivellaro no lance que causou sua agressão, porém, sem detalhar as palavras supostamente proferidas pelo juiz de futebol.
“Aconteceram várias situações dentro de campo que muitas vezes o pessoal de fora não sabe. Estou muito arrependido disso. Na hora me deu um apagão e reagi daquela forma. Eu não sei explicar o que me deu na hora. Simplesmente me escureceu a vista. Até já estou procurando para tratar o meu psicológico”, disse Willian Ribeiro.
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Rodrigo Crivellaro usou suas redes sociais para protestar contra a decisão. “Eu sou obrigado a vir aqui na internet, porque é uma vergonha apenas dois anos de pena para o atleta que me agrediu, onde eu poderia ter morrido. Morrido no lance que aconteceu. Quem quiser pode me pedir esses vídeos aqui que eu vou mandar e espalhem pelo Brasil, pelo mundo inteiro esse vídeo, porque é uma vergonha”, escreveu o árbitro.
Ele ainda acrescentou: “Eu também sou pai de família, também não tenho dinheiro como o cara não tem, que foi o que falaram, que foi o que justificaram. Na psicologia não existe raça, não existe gênero, não existe se é preto, se é branco, se é gordo, se é magro, então é uma vergonha essa lei brasileira. Tinha que ser banido do futebol. Porque eu poderia ter perdido minha vida e não poderia estar aqui agora contando isso aqui para vocês, é uma vergonha a lei brasileira”.
O juiz, que foi agredido pelo jogador, sofreu lesões na coluna e está afastado dos gramados enquanto se recupera pelos próximos três meses.
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