Agentes da Polícia Federal prenderam na manhã desta sexta-feira (19.12), o vereador de Itanhangá (a 458 km de Cuiabá), Silvestre Caminski (PPS). O parlamentar participava de uma audiência pública na Assembleia Legislativa, para debater a reforma agrária e a atual situação dos assentamentos, a morosidade da legalização de títulos fundiários em Mato Grosso.
Caminski teve mandado de prisão preventiva durante a operação “Terra Prometida”, deflagrada no mês passado, por suposto envolvimento na grilagem de terra no Estado.
A operação foi desencadeada para desarticular um grupo criminoso formado por fazendeiros, empresários e grupos de agronegócio em Mato Grosso, que usavam sua influência e poder econômico para aliciar, coagir e ameaçar parceleiros e, assim, obter seus lotes de 100 hectares, avaliados em cerca de R$ 1 milhão. Esses lotes eram terras da União destinadas à reforma agrária, e o grupo buscava reconcentrar essas terras em seu poder.
Caminski, que é produtor rural assentado em Itanhangá foi preso após discursar no evento, provocando um princípio de confusão. Alguns participantes da audiência pública ficaram indignados com prisão do parlamentar.
Após ser preso, o vereador foi encaminhado para a Superintendência da Polícia Federal em Cuiabá.