O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial, desacelerou e ficou em 0,6% em maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mês anterior, o índice atingiu 1,07% e em abril do ano passado, 0,58%.
No acumulado em 12 meses, o índice ficou em 8,24%, o mais elevado desde janeiro de 2004 (8,46%). O índice está bem acima do teto da meta de inflação do Banco Central, que é de 6,5%. No ano, o indicador subiu para 5,23%, acima dos 3,51% acumulados no mesmo período de 2014.
O comportamento do IPCA-15 em maio pode ser justificado pelo preço da energia elétrica. De uma alta de 13,02% em abril, a variação passou para 1,41% no mês seguinte. Por isso, o aumento de preços do grupo de gastos com habitação - um dos que compõem o cálculo do IPCA - perdeu força, recuando de 3,66% para 0,85%.
Quem apresentou a maior variação de preços entre todos os grupos analisados foi o de saúde e cuidados pessoais, com destaque para produtos farmacêuticos, cujos preços foram influenciados pelo aumento anual de preços autorizado em março pelo governo.
Os preços dos alimentos ficaram estáveis de abril para maio (de 1,04% para 1,05%), com destaque para o tomate, que já foi considerado vilão da inflação em outros períodos e subiu quase 20% no mês, cebola (18,83%) e cenoura (10,45%), entre outros.
Na outra ponta, está o grupo dos transportes, que ao contrário dos outros, teve queda de preços, de 0,45%. O resultado foi puxado pela redução de 23,61% do valor das passagens aéreas. Também ficaram mais baratos os combustíveis (-0,83%).
Na análise regional, a maior taxa partiu da região metropolitana de Fortaleza (1,23%) e a menor, de Brasília (0,14%).