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Economia Sábado, 16 de Março de 2013, 08:30 - A | A

Sábado, 16 de Março de 2013, 08h:30 - A | A

Mesmo com aumento de inadimplência, brasileiros conseguem quitar dívidas em atraso, diz pesquisa

A inadimplência do consumidor brasileiro no comércio apresentou crescimento de 11,8% no primeiro mês de 2013, na base de comparação com janeiro do ano passado.

Por Thaiza Assunção/VG Notícias

 

A inadimplência do consumidor brasileiro no comércio apresentou crescimento de 11,8% no primeiro mês de 2013, na base de comparação com janeiro do ano passado. Os dados são do indicador mensal do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).

O resultado ainda é consequência do cenário macroeconômico de 2012, mais favorável ao consumo, combinado com política fiscal expansionista, afrouxamento monetário e falta de planejamento do consumidor.

No entanto, o número de cancelamentos de inclusões de CPFs no cadastro de devedores do SPC Brasil — que reflete a recuperação de crédito no varejo e a quitação de dívidas — apresentou sinais positivos em janeiro de 2013 e encerrou o mês com variação de +5,92% sobre o mesmo mês de 2012.

De acordo com especialistas da SPC, o crescimento salarial acima da inflação é um dos fatores principais para explicar a escolha do consumidor endividado em dar prioridade a quitar ou renegociar dívidas.

Em relação a dezembro de 2012, a recuperação de crédito registrou um decréscimo de   -6,91% devido aos efeitos da sazonalidade. Como dezembro é um mês atípico, no qual há uma injeção relevante de recursos do 13º salário, é natural que parte dos consumidores opte por regularizar suas dívidas, tornando o mês uma base desigual de comparação frente a janeiro do ano seguinte.

Vendas: O número de consultas realizadas no banco de dados do SPC Brasil, que dá medida ao volume de compras a prazo no varejo, apresentou uma elevação de +3,88% na base comparativa de janeiro de 2013 com igual mês do ano passado.

O desempenho positivo na atividade do comércio em janeiro se deve à farta oferta de crédito com prestações alongadas, ao aumento da renda do trabalhador e à ampliação do emprego formal.

Em contrapartida, a comparação entre janeiro de 2013 e dezembro de 2012 mostra queda no volume de vendas a prazo: -24,53%.  O SPC Brasil e a CNDL explicam que embora janeiro seja um mês no qual prevalecem as ofertas e liquidações pós-natalinas, ele também concentra despesas familiares com itens escolares e compromissos fiscais como IPTU e IPVA, que inibem o consumo.

Dezembro é tradicionalmente o melhor mês para o comércio varejista, de maneira que uma queda no índice de vendas no mês seguinte é observada com normalidade.

Expectativas de crescimento em 2013: Para especialistas, em 2013, o segmento varejista deve apresentar novamente um crescimento satisfatório, repetindo o desempenho do ano passado, em que houve certo descolamento do setor frente ao tímido resultado do PIB nacional.

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