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Economia Sexta-feira, 05 de Setembro de 2014, 08:50 - A | A

Sexta-feira, 05 de Setembro de 2014, 08h:50 - A | A

Inflação oficial acelera e fica em 0,25% em agosto, diz IBGE

No acumulado de 12 meses, índice fica em 6,51%, acima teto da meta

G1.com

A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou para 0,25% em agosto, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em julho, ela havia ficado em 0,01%, a menor taxa desde 2010.

"Em média a gente pode dizer que os preços ficaram estáveis. Em agosto, os (preços dos) hotéis continuaram caindo, mas caindo menos. As passagens aéreas subiram", destaca Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de índices de precos do IBGE.

No acumulado de 12 meses em agosto, houve alta de 6,51%. O resultado é pouco acima do teto da meta da inflação, que é de 6,5%. Mas, para o Banco Central, ela só é descumprida com base no acumulado em 12 meses até dezembro de cada ano.

O governo adota um sistema de metas para a inflação anual. A meta central é 4,5%, mas há tolerância de dois pontos percentuais, e a inflação pode ficar entre 2,5% e 6,5% no fechamento do ano (entre janeiro e dezembro). Os limites valem para 2014, 2015 e 2016.

Na parcial de janeiro a agosto, o índice acumula 4,02%.

Empregado doméstico tem impacto

Os itens empregado doméstico, cuja alta foi de 1,26%, e energia elétrica, com 1,76%, lideraram o ranking dos principais impactos na inflação de agosto.

No item empregado doméstico, o IBGE destaca a região metropolitana do Rio de Janeiro, onde a variação atingiu 3,02%. A seguir vieram São Paulo (1,29%), Recife (1,02%) e Belo Horizonte (0,91%).

Mesmo com a alta dos empregados, o grupo das despesas pessoais ficou em 0,09%, menor do que a taxa de 0,12% do mês anterior. Isto ocorreu em função, principalmente, da queda de 10,13% nas diárias dos hotéis, item que apresentou o mais expressivo impacto para baixo (-0,05 ponto percentual).

Na energia elétrica, os preços subiram 1,76% em função de reajustes da conta de luz em Belém, Vitória, São Paulo e Brasília. Também houve alta em Goiânia e Campo Grande em função do aumento de tributos.

Habitação

Analisando os grupos de despesas que integram o cálculo do IPCA, o de habitação foi o mais elevado em agosto. A taxa de água e esgoto subiu 1,46%, também devido a reajustes que começaram a valer no mês passado.

Em São Paulo, a alta de 3,24% levou em conta a menor intensidade do efeito do Programa de Incentivo à Redução de Consumo de Água, que bonifica com 30% de redução nas contas de água e esgoto, usuários que reduzirem em 20% o consumo mensal.

Ainda em habitação, o IBGE destaca as variações em condomínio (1,35%), artigos de limpeza (1,31%), aluguel (0,66%) e mão de obra para pequenos reparos (0,66%).

Transporte

o grupo de transporte foi o que mais acelerou em relação a julho, com 0,33%. O principal impacto foi das passagens aéreas, que tiveram aumento de 10,16%, enquanto, em julho, haviam registrado queda de 26,86%. Além disso, itens em queda no mês anterior reverteram para alta em agosto, entre eles gasolina (de -0,80% para 0,30%) e automóvel novo (de -0,29% para 0,22%).

Por capitais

Dentre os índices regionais, as maiores variações na inflação de julho para agosto ocorreram em Belém (0,98%) e Vitória (0,91%). Em ambas as capitais, o impacto maior foi do reajuste da conta de luz. Os menores índices foram os de Campo Grande (-0,07%) e Belo Horizonte (-0,02%).

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