A inflação de maio medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) fechou o mês com variação negativa de 0,45%. O resultado é 0,90 ponto percentual inferior aos 0,45% relativos à taxa de abril. O resultado é 0,77 ponto percentual inferior à variação de maio do ano passado, quando a inflação medida pelo índice ficou em 0,32%. No acumulado dos cinco meses de 2014, o IGP-DI registra alta de 2,75% e no acumulado dos últimos 12 meses (taxa anualizada), alta de 7,26%.
A queda verificada de abril para maio reflete a deflação no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) que ficou em -1,21%. O resultado é 1,48 ponto percentual menor do que o 0,27% registrado pelo IPA de abril.
Os dados divulgados pela FGV indicam influência no comportamento dos preços do Bens Finais, que apresentou variação negativa de 1,22%, depois de ter subido 1,34% em abril. O principal responsável por esta desaceleração foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 6,14% para -8,78%.
Ainda em relação aos preços ao produtor, o grupo Bens Intermediários também apresentou variação negativa, ao fechar em -0,46%, ante -0,12%, no mês anterior. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa de variação passou de -0,43% para -0,72%. Também fechou com variação negativa de 0,50% o índice de Bens Intermediários, calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção.
Mesmo tendo fechado em alta de 0,52% em maio, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) também contribuiu para a desaceleração dos preços medidos pelo IGP-DI ao recuar 0,25 ponto percentual em relação aos 0,77%, do mês anterior.
No caso dos preços ao consumidor, segundo a FGV, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. A contribuição de maior magnitude para o recuo da taxa partiu do grupo Alimentação, que recuou de 1,42% para 0,45%. Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 3,76% para -1,42%.
Também foram apurados decréscimos nas taxas de variação dos grupos Saúde e Cuidados Pessoais (1,40% para 0,76%); Transportes (0,51% para 0,27%); Vestuário (0,90% para 0,29%); e Comunicação (0,05% para 0,02%).
Os itens que mais contribuíram para estes movimentos foram: passagem aérea (-29,31% para 11,07%), jogo lotérico (0,00% para 7,29%) e tarifa de eletricidade residencial (1,30% para 2,84%),respectivamente.
Em contrapartida, os preços constantes do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) chegaram a registrar em maio taxa de variação de 2,05%, neste caso alta de 1,17 ponto percentual em relação aos 0,88% de abril.
Neste caso, a alta foi puxada pela variação do custo da Mão de Obra que passou de 0,99% para 3,42%, entre abril e maio; enquanto o índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,57%, registrando recuo em relação aos 0,77% de abril.