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Economia Quinta-feira, 25 de Setembro de 2014, 16:40 - A | A

Quinta-feira, 25 de Setembro de 2014, 16h:40 - A | A

Economia

Dólar fecha acima de R$ 2,42 pela primeira vez desde fevereiro

Moeda norte-americana subiu 1,95%, maior alta desde novembro de 2013. Avanço ocorre um dia após anúncio de maior intervenção do Banco Central.

g1.com

Depois de um "respiro" na véspera, com o anúncio de uma maior intervenção do Banco Central, o dólar voltou a operar em alta nesta quinta-feira (25.09) e ultrapassou o patamar de R$ 2,42.

A moeda norte-americana registrou alta de 1,95%, cotada a R$ 2,4299, maior valor deste fevereiro deste ano. Na máxima do dia, o dólar comercial chegou a ser cotado em R$ 2,4312.

A alta desta sessão foi a maior desde 5 de novembro de 2013, quando a divisa avançou 1,98%.

No exterior, o dólar chegou a bater a máxima em quatro anos contra uma cesta de divisas, com investidores antecipando que a política monetária da Europa se tornará mais expansionista, enquanto a dos EUA ficará mais apertada.

No Brasil, a pressão externa veio junto com incertezas sobre as eleições presidenciais de outubro. A atual presidente Dilma Rousseff (PT), cuja condução da política econômica tem sido alvo de críticas nos mercados, tem ganhado força nas últimas pesquisas de intenção de voto e encostado em sua rival Marina Silva (PSB) num esperado segundo turno das eleições.

Segundo analistas, investidores compravam dólares para se proteger da possibilidade de o avanço de Dilma se estender nas próximas pesquisas eleitorais.

O BC dá continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, com oferta de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólares, com vencimentos em 1º de junho e 1º de setembro de 2015.

O BC também faz mais um leilão para rolar swaps que vencem em 1º de outubro, com oferta de até 15 mil contratos. Até agora, o BC rolou cerca de 64% do lote total, que corresponde a US$ 6,677 bilhões.

Ao todo, o Banco Central vai passar a ofertar 15 mil contratos de "swap cambial", o que representa um aumento frente ao patamar anterior, que era de 6 mil contratos. Com isso, a instituição estará "rolando", ou seja, emitindo novos contratos em substituição aos que estão vencendo, no ritmo de 100%. Até o momento, somente 70% dos contratos vinham sendo "rolados".

Segundo analistas ouvidos pela Reuters, a medida do BC deve evitar que a moeda norte-americana continue subindo como aconteceu nas últimas semanas, mas não é suficiente para impor uma trajetória de queda mais consistente, já que incertezas eleitorais e internacionais devem continuar pesando sobre o mercado brasileiro.

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