O Governo Federal voltou a fazer corte no orçamento que pode chegar a R$ 6,7 bilhões, afetando principalmente a área da Saúde e Educação que também entrarão no "facão" do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Na Educação, a área econômica do Governo determinou um corte de R$ 3,23 bilhões do orçamento do MEC (Ministério da Educação) de 2022. O bloqueio atinge também todos os órgãos ligados à pasta, como institutos e universidades federais e o FNDE. O Enem ficará comprometido porque o corte atinge o Inep, órgão responsável pela aplicação do exame.
A decisão busca abrigar reajuste a servidores, que o presidente Bolsonaro quer conceder no ano eleitoral. No caso dos recursos da educação, o corte traz preocupações entre integrantes da pasta sobre a manutenção das políticas, segundo relatos feitos à reportagem. A preocupação é ainda maior no sistema federal de ensino, que sofre com cortes nos últimos anos.
Veja também: Forças Armadas irão receber R$ 110 milhões para atuar nas eleições
O corte atinge laboratórios de pesquisas das universidades federais e, entre as 16 universidades atingidas estão a de UFMT (Mato Grosso), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a URGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), que estão entre as maiores do país, e a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
As instituições federais de ensino superior passam por reduções de orçamento ao menos desde 2015. Sob o Governo Bolsonaro, enfrentam cortes e congelamentos —a Federal do Rio de Janeiro, por exemplo, chegou a ameaçar fechar as portas no ano passado.