A Polícia Civil iniciou na última semana as investigações do processo administrativo contra o delegado afastado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Cuiabá, João Bosco, e sua esposa, a investigadora Gláucia Cristina Alt, que são acusados de extorquir traficantes.
Segundo o delegado da Corregedoria Geral da Polícia Civil, Adriano Peralta Moraes, responsável pelo caso, o processo administrativo deve demorar 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 60.
Moraes declarou a reportagem do VG Notícias que todas as acusações contra o delegado, sua esposa e mais quatro policiais civis serão averiguadas e adiantou que no próximo dia 17 de setembro, todos os acusados irão prestar depoimento referente à denúncia de extorsão.
No entanto, o delegado disse que o caso pode se arrastar por muito mais tempo, já que o processo deve passar em outras instâncias dentro da Polícia, e partindo do princípio que os réus podem recorrer. “Esse processo pode demorar de 1 a 2 anos para finalmente ser encerrado, onde será feito o ato de exoneração pelo governador do Estado, caso fique comprovado o crime”, esclareceu Adriano Peralta.
Enquanto o processo administrativo não for concluso, João Bosco, e sua esposa, Gláucia Cristina Alt e os investigadores da Polícia Civil, continuarão recebendo o salário normalmente. Bosco e Cristina foram afastados dos cargos no mês passado, já os outros quatro continuam atuando junto a Polícia Civil.
Outros acusados – Além de João Bosco e sua esposa Gláucia, estão sendo investigados pela corregedoria da Polícia Civil, os investigadores George Fontoura Filgueiras, Leonel Constantino de Arruda, Márcio Severo Arrial e Claudio Roberto da Costa
A prisão - O delegado João Bosco, e sua esposa foram presos, preventivamente, em 27 de junho, pela Corregedoria Geral da Polícia Civil, na operação “Abadom”. Eles foram acusados de extorquir traficantes.
A operação foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Polícia Judiciária Civil do Estado, e desarticulou uma quadrilha de tráfico de drogas. Na época da prisão, a delegada Alana Cardoso, disse que João Bosco e Gláucia cobravam dos traficantes pelo silêncio.
Liberdade – A prisão de João Bosco durou por apenas seis dias, logo após conseguiu na Justiça Habeas Corpus que lhe garantiu responder o processo em liberdade. Já a esposa do delegado ficou detida por 20 dias.
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