Mais US$ 498,2 milhões foram vendidos pelo Banco Central (BC) no mercado futuro, no leilão de hoje (28.08) de swap cambial. A operação faz parte da estratégia do BC, anunciada no último dia 22, de programar leilões diariamente, pelo menos até dezembro.
O objetivo é promover hedge (proteção a risco) cambial aos agentes econômicos e liquidez (dólares disponíveis). Pela programação do banco, de segunda a quinta-feira serão feitos leilões de swap cambial, com oferta de cerca de US$ 500 milhões por dia. Às sextas-feiras, será oferecido ao mercado crédito até US$ 1 bilhão, por meio dos leilões de venda com compromisso de recompra.
Ontem (27), em dia marcado pela volatilidade (forte movimento de subida e descida), a moeda norte-americana chegou a ultrapassar a cotação de R$ 2,40, mas inverteu a tendência e fechou em baixa. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 2,3683, com queda de 0,65%. A cotação acumula alta de 3,76% em agosto e de 15,64% no ano.
Desde o fim de maio, o sistema financeiro global enfrenta turbulências por causa da perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, reduza os estímulos monetários para maior economia do planeta. Com menos dólares em circulação, a cotação da moeda norte-americana fica mais alta em todo o mundo.
A instabilidade agravou-se na semana passada, quando foi divulgada a ata da reunião de julho do Fed. No documento, os diretores do Banco Central americano não estipularam uma data, mas confirmaram que pretendem acabar com as injeções mensais de dólares até meados do próximo ano.