O clima esquentou entre dois vereadores em sessão noturna dessa quinta-feira (05.03). Vanderson Marinho (Pros) e Lenildo Augusto (PR), presidente da Câmara Municipal, participavam de uma primeira reunião de onde sairia o nome do relator de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), quando em meio ao bate boca teve início uma pancadaria. A CPI foi criada para apurar supostas irregularidades na administração da prefeita do município de Pedra Preta (245 km de Cuiabá), Mariledi Coelho (PDT).
Segundo o site Gazeta MT, Vanderson, que é homossexual assumido, não teria concordado com a indicação do seu colega, Lenildo, para ocupar a relatoria da CPI.
Sem motivos, Vanderson teria iniciado a agressão ao presidente, que não se fez de rogado e devolveu as ofensas, desafiando Vanderson a agredi-lo fisicamente.
Diante disso, Vanderson que estava discursando na tribuna partiu para cima do presidente. A briga foi filmada pelo republicano que também procurou a delegacia de polícia da cidade para registrar um Boletim de Ocorrências.
No B.O, o presidente alegou que foi chamado de “vagabundo e ladrão”, e que foi agredido fisicamente com empurrões. Com isso, denunciou o colega de parlamento por crime contra pessoa e contra o patrimônio. Vanderson teria quebrado copos e cesto de lixo da Câmara Municipal.
Conforme apurado pelo HiperNotícias, essa é a segunda vez que os dois vereadores chegam a vias de fato, e que geralmente trocam afrontas pelos corredores da Casa, o caso teria relação com a opção sexual do socialista.
Outro lado - Já o vereador Vanderson Marinho, diz que a ação do colega é motivada pelo preconceito e que é xingado a todo momento pelos corredores.
“Tá na cara que ele não gosta de mim. Todo projeto meu ele vota contra e eu já o agredi porque ele é preconceituoso. Ele me chama de bicha e veado pelos corredores todo dia. E eu como não quis assinar um projeto dele, que pra mim é inconsistente, ele disse que ia me denunciar e acabamos nas vias de fato, mas eu fui segurado e não acertei nenhum soco nele. Agora o caso é publico. Veremos quem tem razão”, disse o parlamentar.
O vereador mantém cabelo comprido, maquiagem e jóias, como parte de seu vestuário. Ele relata que o problema é antigo e o fato dele ser homossexual causa desconforto nos colegas.
“Tem uns que não falam nada, mas o Lenildo não consegue esconder. É homofóbico mesmo e vamos brigar sempre que ele me desrespeitar. Sou maior que ele e por isso um dia bati nele”, concluiu.
O caso deve ser encaminhado à Comissão de Justiça da Casa de Leis, na próxima semana.