O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (SINTEP-MT) acusa o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil) de não valorizar os trabalhadores da Educação, mas “torrar” mais de R$ 7 milhões ao ano, com apenas 88 militares, que “supostamente” atuam nas escolas cívico-militares.
Em média, aponta o Sintep, cada militar recebe R$ 79.545,45, e questiona a alocação desses recursos que poderiam ser mais efetivamente investidos nas 664 escolas públicas do Estado.
O presidente do Sintep/MT, professor Valdeir Pereira, afirma que caso a militarização alcance novas unidades educacionais, o governador irá retirar ainda mais recursos públicos da Rede Estadual de Educação.
Conforme o Sintep/MT, 26 escolas cívico-militares, onde “supostamente” estão esses 88 profissionais de segurança, o gasto pode triplicar para cerca de R$ 21 milhões/ano caso mais de 60 unidades escolares inconstitucionais sejam instituídas. “Recursos que, sem dúvida, poderiam ser redirecionados para Manutenção e Desenvolvimento do Ensino ou reforçar a segurança das escolas com contratação/concurso público para Auxiliares de Administração Escolar (AAE) e Vigias”, diz o dirigente.
Para exemplificar, o Sintep/MT aponta que três coronéis recebem mensalmente R$ 59.062,60 cada, um agente penal ganha quase R$ 30 mil (R$ 29.342,44), oito tenentes recebem R$ 80 mil (cerca de R$ 10 mil cada) e doze soldados, R$ 7.700,00 cada por mês.
O presidente do Sindicato, professor Valdeir Pereira, lamenta a priorização do governo por um modelo inconstitucional de escolas cívico-militares, prejudicando os trabalhadores da Educação e destacando desvalorização, calote da RGA, ausência de ganhos reais, confisco de aposentadorias e pensões, e até mesmo a profissionalização, exemplificado pelo caso do profuncionário que só se efetivou devido a emendas parlamentares da ex-deputada Federal Rosa Neide.
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