por Thaiza Assunção/VG Notícias
Sem salário há dois meses, a servidora contratada da rede municipal de ensino de Várzea Grande, Lucimeira da Silva Gomes passa por dificuldade financeira. Ela é apenas uma das profissionais que trabalham desde 10 de abril sem contrato com a Prefeitura municipal e sem receber o pagamento.
Lucimeira esteve nesta terça-feira (07.05) no Paço Couto Magalhães junto com mais 50 profissionais para protestar e exigir o pagamento dos salários atrasados da categoria e a renovação do contrato.
Ao VG Notícias, Lucimeira contou que o seu débito com o banco está vencido há três meses. Além disso, acumula dívidas com a faculdade também há três meses. “Estou trabalhando, sem a certeza se vou ou não receber o meu salário. Enquanto isso, as dívidas aumentam” diz.
Lucimeira trabalha há quatro anos na rede municipal de ensino de Várzea Grande. Ela conta que desde que trabalha na área é a primeira vez que passa por situações, como a falta de pagamento e desrespeito da administração pública. “Nunca os profissionais contratados tiveram tantos problemas como está tendo nessa atual administração”.
A Técnica em Desenvolvimento Infantil (TDI), Catarina da Cruz Oliveira também contou ao VG Notícias que não recebe salário há dois meses. Ela também trabalha sem contrato desde o dia 10 de abril. “É extremamente complicado passar por situações como essa. O mais difícil é não ter uma reposta do prefeito, Walace Guimarães e do secretário, Jonas Silva” relata.
Sem respostas do poder público municipal, os profissionais da área prometem iniciar uma greve geral na próxima segunda-feira (13.04). Além do pagamento do salário atrasado dos contratados e da renovação do contrato, a categoria exige a adoção do piso salarial no valor de R$ 1.937 para o nível médio.
Atualmente, os profissionais de nível médio do município ganham R$ 810. Já os profissionais de nível superior deveriam ganhar 50% a mais do valor de R$ 1.937, mas hoje recebem apenas R$ 1.080,00.
A categoria cobra ainda, a revisão do Plano de Carreira e Revisão do Enquadramento dos servidores da Educação de 2010, manutenção na infraestrutura das escolas, alimentação escolar, o pagamento do adicional noturno dos vigias previstos na legislação trabalhista e o subsídio mensal das servidoras gestantes.
Outro lado: A reportagem do VG Notícias esteve no gabinete do secretário municipal de Educação, Jonas Silva onde o mesmo informou que só falaria com a reportagem por documento. A reportagem enviou as perguntas documentadas ao secretário, no entanto até o fechamento desta matéria, Jonas Silva não encaminhou as respostas.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).