Os profissionais da rede municipal de Educação de Várzea Grande realizaram na manhã desta terça-feira (26.02) uma manifestação em frente da Câmara Municipal, cobrando a prefeitura e o secretário municipal de Educação, Jonas da Silva, um posicionamento sobre a regularização salarial da categoria.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, subsede de Várzea Grande (Sintep/VG), Gilmar Soares, o poder público ainda não apresentou um cronograma de pagamento para a categoria, explicando como será quitado o 13° salário, 1/3 de férias e também os servidores contratados que estão desde outubro sem receber.
“Nós queremos uma garantia que iremos receber o 13° salário, 1/3 de férias e também aqueles funcionários contratados que estão há quase quatro meses sem receber. A categoria precisa desta segurança e estamos cobrando isso porque precisamos” colocou Gilmar.
O sindicalista esclareceu que a proposta apresentada pela Secretaria de Educação, que previa uma correção referente ao adicional noturno e também as gestantes, não são mais do que direitos trabalhistas, garantidos pela constituição.
“Isso são pontos constitucionais, a constituição garante isso, tem que ser dado. Ele (secretário Jonas) apresentou uma coisa que já está previsto em lei, ou seja, nada de novo e concreto para a categoria”, declarou o presidente do Sintep/VG.
Referente ao salário de janeiro, Gilmar declarou que grande parte dos profissionais da Educação do município recebeu o salário de janeiro faltando. “Temos muitos profissionais que receberam apenas R$ 200 e outros R$ 300, não dá para sobreviver com isso, muito menos trabalhar”, destacou o sindicalista.
De acordo com ele, das 84 escolas e creches da cidade, entre 8 e 9 estão ensaiando para iniciar o ano letivo, mas a questão de infraestrurura e alimentação estão sendo empecilhos. “Até hoje não tem merenda na maioria das creches e escolas, os prédios precisam de reforma. Não tem como voltar ao trabalho deste jeito”, pontuou.
Ainda segundo a categoria, a merenda que foi entregue na semana passada na rede municipal de ensino, daria para atender por apenas uma semana, sendo que para chegar perto do ideal, ela teria que durar pelo menos um mês. Outra reivindicação da categoria é a disponibilização do holerite aos servidores, para fazer o controle de pagamento.
O vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Leonardo Mayer (DEM), disse que está ao lado do movimento e que deve juntamente com todos os demais parlamentares reunir com a categoria, para conhecer as reivindicações, e cobrar do prefeito Walace Guimarães (PMDB) e do secretário de Educação, a solução do problema.
“A população não pode ser lesada, e isso está acontecendo. Com a paralisação está barrando o aprendizado das crianças de nossa cidade, por isso vamos sentar com a categoria para conhecermos as reivindicações e cobrar do executivo a solução do problema. Estamos do lado dos profissionais da educação para solucionar este problema que atinge diretamente a sociedade”, disse o parlamentar.
Outro Lado – A equipe de reportagem do VG Notícias ligou por diversas vezes no celular funcional do secretário municipal de Educação, Jonas Sebastião, no entanto, até o fechamento desta matéria ele não atendeu as ligações nem retornou.
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