Seis meses após ter provocado a morte de um jovem de 19 anos em Cuiabá, o coordenador do Conselho Tutelar Unidade do Cristo Rei, Deodoro Santana da Silva, foi afastado do cargo pela Prefeitura de Várzea Grande.
De acordo com portaria 671/2014, publicado na edição desta segunda-feira (04.07), do Jornal Oficial dos Municípios (AMM), o servidor foi afastado cautelarmente das funções públicas até que seja concluído as investigações sobre o acidente que provocou a morte de Edilson Santos da Cruz, em um acidente automobilístico em 25 de fevereiro, na avenida Beira Rio, em Cuiabá.
Segundo um servidor público – que não quis se identificar temendo represálias-, o conselheiro chegou a ser afastado do cargo por 15 dias, mas depois reassumiu o posto internamente na unidade do Cristo Rei.
Além disso, Deodoro estaria recebendo desde o acidente o salário de coordenador, que seria em torno de R$ 3,5 mil.
Conforme as investigações preliminares da polícia, o conselheiro teria utilizado o veículo Uno branco, placa NJW 1275, oficial da Prefeitura, fora do horário de expediente, sem o consentimento do setor de transporte que resultou no acidente fatal. Confira aqui matéria relacionada.
Outro Lado – Em entrevista ao VG Notícias, o presidente do Conselho Municipal do Direito da Criança e do Adolescente de Várzea Grande (CMDCA), Leandro Fábio Momente, negou a denúncia e informou que após o acidente abriu-se uma sindicância contra o conselheiro que afastou pelo período de 90 dias. Após vencer o prazo, o conselheiro chegou a reassumir o posto, mas por apenas alguns dias.
“Ele ficou apenas alguns dias, porque o pessoal da Prefeitura demorou para afastar ele novamente, pelo período de mais 60 dias, que nós havíamos solicitado. Agora já foi publicado o afastamento, e ele já não está trabalhando mais no conselho tutelar”, explicou Momente.
Sobre o recebimento do salário, o Leandro esclareceu que a própria justiça que orientou que o subsídio salarial de Deodoro não fosse cortado, já que o conselheiro não teria outra renda, e ainda pelo fato dele estar sendo alvo de uma sindicância, não conseguiria arrumar outro emprego.
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