Com servidores supostamente envolvidos na operação “Espelho”, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), em 2021, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, em entrevista à imprensa, nessa quarta-feira (09.08), sem dar nomes, disse que já havia sido anunciado que a citada na operação como “mulher da SES”, é uma gestora de confiança do governador Mauro Mendes (União) e continua no cargo.
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“O governador já hipotecou a confiança que tem na gestora. Ela é uma servidora da nossa confiança, que trabalhou muito durante todo esse período difícil que passamos pela pandemia da Covid-19, e não seria justo condená-la sem dar a oportunidade de comprovar que nenhum envolvimento ela tem a respeito disso”, frisou ele.
Defendendo a categoria, e apostando na inocência dos servidores, Figueiredo foi taxativo e enfatizou, que enquanto a operação estiver em andamento, ele [Gilberto] e o governador Mendes não irão condenar ninguém por antecipação. O secretário justificou que ambos têm confiança nos servidores que atuam, e que não tem ninguém envolvido em ato de corrupção que possa desabonar a conduta do Governo.
O secretário ainda avaliou que somente serão exonerados aqueles que tiverem culpa, mas reforçou que até o momento estão em atividade os citados, e terão o direito de se defender. “O Governo tem o maior interesse de apurar. Mas não há evidências no contrato, exceto que foi citado por uma pessoa [empresário em depoimento] – citou o nome de uma secretária que possivelmente pudesse ter feito algo de errado. No entanto, como temos certeza que ela não fez nada de errado, nós não vamos condenar ninguém por antecipação”.
Em relação aos 22 empresários indiciados por envolvimento com o suposto cartel, Gilberto disse que há uma investigação sendo realizada pela DECOR há mais de 600 dias, e que o Governo acredita e confia no trabalho da polícia.
“O Governo do Estado não tem como controlar o que as empresas fazem no seu reduto. Se elas se reúnem para fazer acordo, isso foge do controle de qualquer equipe, seja de licitação, governança e do Governo do Estado. Então isso cabe a DECOR apurar”, concluiu Gilberto Figueiredo.
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