A construção do terminal do BRT (Bus Rapid Transit) na avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá, enfrenta um grande obstáculo: a suspensão recomendada pelo Ministério Público Estadual (MPE) por 45 dias devido à ausência de alvará de obras e aprovação do Relatório de Impacto de Trânsito (RIT), conforme as exigências da Lei Complementar Municipal nº 516/2022. A secretária de Mobilidade Urbana da Capital, Luciana Zamproni, endossa essa recomendação, priorizando o interesse coletivo.
Zamproni questiona a eficácia do BRT, um sistema de ônibus articulado, que, segundo ela, poderá intensificar os conflitos de trânsito ao invés de resolvê-los. "O trânsito vai congestionar. Sem um estudo aprofundado, o projeto pode criar mais problemas na cidade", alerta a secretária, destacando a necessidade de um planejamento detalhado e diálogo com a Semob, órgão especializado em mobilidade urbana.
A decisão sobre a suspensão das obras foi tomada em uma reunião na tarde da última quarta-feira (17), com representantes da Prefeitura de Cuiabá, do Governo do Estado e do Consórcio Construtor BRT. O secretário municipal de Obras Públicas, José Roberto Stopa, afirmou que, apesar da falta de documentos legítimos para a execução da obra, sua equipe técnica está pronta para analisar os documentos apresentados pelo Estado.
O secretário de Ordem Pública, Leovaldo Sales, enfatizou a importância da transparência e da conformidade legal do projeto BRT. Sales lembrou que, além da licença ambiental e de remoção de terra, a prefeitura deseja uma cópia do contrato da empresa com o Governo do Estado, para entender completamente o escopo dos trabalhos e as implicações fiscais.
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