O relator da CPI do Paletó - Comissão Parlamentar de Inquérito que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) -, vereador Adevair Cabral (PSDB), disparou que o presidente da Comissão, vereador Marcelo Bussiki (PSB), não tem capacidade de conduzir as investigações e sugeriu que o colega deixasse a CPI.
“Eu queria que o vereador Marcelo Bussiki estivesse aqui para falar na cara dele. Eu iria pedir para ele deixar a CPI por incapacidade de conduzir a Comissão”, disparou Adevair, durante sessão plenária da Câmara de Cuiabá na manhã desta terça-feira (13.03).
A declaração do vereador tucano é uma resposta as críticas proferidas por Marcelo Bussiki em relação ao encerramento do processo de investigação e oitivas da CPI do Paletó. Marcelo aponta que o encerramento foi uma “manobra” de parlamentares para defender o prefeito.
Na sessão plenária da Casa de Leis, Adevair afirmou que irá apresentar seu relatório no máximo 15 dias, e que as investigações e oitivas foram encerradas por existir elementos suficientes para elaborar um “bom” relatório dos fatos investigados pela CPI do Paletó.
Além disso, ele disse que irá analisar ponto a ponto dos fatos e fazer um relatório isento e transparente de tudo que foi investigado. “Não respondo nenhum processo. Minhas contas de campanha foram todas aprovados. Isso mostra que sempre tive uma conduta ética não admitindo qualquer dúvida sobre a transparência do meu relatório. Agora as pessoas já estão tentando adivinhar meu relatório e desqualificá-lo antes mesmo de eu o apresentar”, declarou Adevair.
O vereador membro da CPI, Mário Nadaf também criticou os colegas de parlamento e Marcelo Bussiki referente ao encerramento das investigações. Ele disparou que as pessoas estão tentando desqualificá-lo assim como Adevair Cabral apontando que eles teriam entrado “exclusivamente” para “barrar” a CPI do Paletó em prol do prefeito Emanuel Pinheiro. “Sou integro, honesto. O trabalho de investigação e o relatório vão mostrar a realidade dos fatos”.
A Comissão Parlamentar de Inquérito foi montada para investigar a conduta do prefeito, após ele aparecer em vídeo recebendo "propina em espécie", das mãos de Sílvio Cézar Corrêa, ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, que também fez acordo de delação premiada.
Vereadores da oposição apontam que a CPI do Paletó foi encerrada 71 antes do prazo final sem ouvir o prefeito de Cuiabá e o irmão dele, o empresário Marco Polo Pinheiro proprietário do Mark Instituto de Pesquisa. A defesa de Emanuel Pinheiro alega que o dinheiro que o prefeito recebe no vídeo, quando ainda era deputado estadual, seria referente a uma dívida por pesquisas feitas pela empresa de Marco Polo.
Marcelo Bussiki - O vereador Marcelo Bussiki está hoje em Brasília para pedir o compartilhamento das provas da delação feita pelo ex-governador Silval Barbosa que apontam o suposto pagamento de propina ao prefeito de Cuiabá.
Ele deve participar de reuniões no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Procuradoria Geral da República (PGR), em companhia do procurador-geral de Justiça Mauro Curvo, para pedir o compartilhamento do conteúdo das provas que já existem e da própria delação do ex-governador e sua família, além das provas apresentadas por Silvio Corrêa.
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