O presidente da Desenvolve MT, Jair Marques, em entrevista ao VGN no Ar nesta sexta-feira (26.03), esclareceu dúvidas sobre a linha de crédito emergencial, para atender os segmentos de bares, restaurantes e o setor de eventos. Jair Marques também explicou sobre o papel da Desenvolve MT e as burocracias exigidas pelo Banco Central no processo de aquisição dos empréstimos.
“São três linhas de créditos, para micro e pequenas empresas, para empresas de até R$ 4,5 milhão de faturamento. Para empresas do regime normal, sendo 15 milhões para cada uma delas e mais R$ 25 para atender as empresas de até R$ 4,8 milhões de faturamento, pode-se trabalhar com investimento, com crédito para manutenção e também insumos”, pontuou o presidente.
O presidente afirmou que a regulamentação para aquisição dos empréstimos é regularizada pelo Banco Central. Contudo, algumas exigências possíveis de alteração foram adaptadas à crise no setor. Ele observou que o Estado ajuda as empresas, mas com responsabilidade, sob pena do gestor responder com seu próprio patrimônio.
“O Banco Central ele já reuniu o Conselho, a diretoria só pela notícia do lançamento dos recursos, nós sentamos com eles, passamos duas horas ouvindo: tomem cuidado, não façam ação social com dinheiro que vocês respondem por isso. Não é diferente do que o governador colocou para nós: eu não quero inadimplência nisso aí! Nós não temos bola de cristal, mas em princípio, temos que cumprir as regras que foram estipuladas pelo Banco Central”, afirmou Marques
Entre as mudanças, o presidente citou que a Desenvolve MT está avaliando a capacidade de pagamento pelas perspectivas do passado e não do futuro. Isso ocorre porque, muitas empresas em razão da crise econômica ocasionada pela pandemia encontram-se com restrições.
“Nós não fazemos perspectivas de futuro, o que a gente faz, analisa o comportamento do passado, mas não dá para voltar muito atrás também, então, estamos pegando pelo menos três faturamentos fiscais para fazer uma análise de como ele se comportou dentro da perspectiva de ter capacidade de pagamento. Até 2 ou 3% conseguimos fazer as exceções, a gente despreza as restrições dentro dessa avaliação”, explicou.
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Jair Marques destacou que o Governo recebeu a sugestão da Assembleia Legislativa e estuda a criação de um fundo garantidor de R$ 100 milhões para eliminar mais burocracias: “Todo o crédito ele tem um procedimento mínimo, foi feito diversas exceções, está se desconsiderando inclusive nesse processo para cada linha de crédito algum tipo de exigibilidade que se fazia foi deixado de lado, por exemplos os MEIs, eles estão com linha de crédito de R$ 10 mil com seis meses de carência, com 24 para pagar, juro zero, estando adimplente é juro zero”, relatou
Portal Desenvolve MT - Marques também expôs sobre o pane no sistema da Desenvolve MT em razão do aumento na demanda de acesso no site. Segundo ele, o atendimento que ocorre de forma virtual não estava preparado para a quantidade de pessoas que buscaram o sistema. Ele explicou que no segundo dia da abertura do sistema, foram mais de 4,5 mil solicitações de crédito.
“Eu peço paciência. Isso ocorreu porque o sistema não conseguiu absorver, deu pane. O bug que deu foi na nossa interação com o Serasa, derrubando todo sistema”, relatou.
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