A escola municipal professor Paulo Freire, no bairro Jardim Glória II, em Várzea Grande, está há mais de um ano em reforma e não tem previsão para ser entregue, denunciam pais de alunos, à reportagem do VG Notícias.
De acordo com eles, em outubro de 2013 a Secretaria Municipal de Educação retirou aproximadamente 450 crianças da escola, com a promessa de reformar o prédio - e que em fevereiro de 2014, entregaria o prédio reformado.
Conforme os pais, as crianças foram remanejadas para uma Igreja Católica por alguns meses, mas o padre responsável pelo prédio não quis renovar o contrato com a Prefeitura e, novamente, as crianças tiveram que mudar de local. Desta vez, levaram os alunos para o CRAs, no Jardim dos Estados. Porém, os pais denunciam que até o momento as obras estão paradas e não há previsão de ser entregue.
Segundo os pais, duas construtoras começaram o serviço e abandonaram. “Quebraram os muros e paredes e não voltaram mais para fazer a obra. Deixaram a escola praticamente abandonada. Nada está pronto e nem existe previsão. O prefeito parece que se esqueceu dessa reforma. Já se gastou muito e nada foi entregue ainda”, relatou um pai indignado com a situação.
Outro Lado – Em entrevista ao VG Notícias, o secretário municipal de Educação, Jonas Sebastião, disse que a demora pela reforma está ocorrendo devido às péssimas condições estruturais que se encontrava o prédio.
Segundo ele, o Conselho Regional de Engelharia e Agronomia (CREA/MT) apresentou um laudo técnico apontando que o local tinha falhas gravíssimas estruturais – correndo risco de cair, e falhas na parte elétrica, podendo pegar fogo em decorrência de curto-circuito. Além disso, o Ministério Público notificou a Prefeitura para que fosse realizada imediatamente reforma na escola.
De acordo com Jonas, para a obra ser executada foi “alocado” um recurso da Prefeitura, porém, não quis revelar o valor e desconversou. Quanto à construtora, o secretário confirmou que duas empresas iniciaram os trabalhos, mas pararam. A primeira foi à empresa Porto Seguro Comércio Informática, Papelaria e Terraplanagem Ltda ME, foi responsável pela execução. Ela começou e depois achou que o recurso não era suficiente e parou.
“O dinheiro disponível para fazer a reforma não deu porque descobrimos que deveríamos fazer uma reforma geral. Por conta disso, paralisamos a obra”, contou.
Meses depois, segundo o secretário, a reforma foi retomada pela empresa Carneiro e Carvalho. No entanto, por conta de suspeitas de irregularidades em licitação com a Prefeitura, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determinou que o município suspendesse o contrato e todos os pagamentos para a Construtora, mais uma vez a obra foi interrompida.
“Agora já começamos a elaborar um novo processo licitatório para contratar uma nova empresa para executar a obra. Com a empresa já habitada, acredito que em 30 dias essa obra será executada e entregue”, garantiu Jonas Sebastião.
Vale destacar, que as duas empresas já foram denunciadas por suposto esquema em licitação na gestão do prefeito Walace Guimarães. Clique aqui e confira matéria relacionada.
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