Índios da etnia Enawenê Nawê passaram a noite na MT-170, em Juína, a 737 km de Cuiabá, cobrando pedágio dos motoristas que passam pelo local. Eles continuaram o bloqueio na manhã desta terça-feira (10.12) e exigem R$ 50 dos motociclistas e R$ 100 dos motoristas dos outros veículos, independentemente do porte. O trecho começou a ser interditado no último domingo (8). Cerca de 150 indígenas estão acampados sobre a ponte do Rio Juruena.
De acordo com o coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antônio Carlos Ferreira de Aquino, os indígenas protestam contra a falta de medicamentos na tribo e pela precariedade da estrutura de um posto médico que foi construído na aldeia, mas que ainda não estaria funcionando porque não tem equipamentos.
Segundo Antônio Carlos, os índios disseram que vão liberar a passagem, sem a cobrança do pedágio, apenas para ambulâncias e outros casos excepcionais. O coordenador regional da Funai informou que os índios ainda não foram notificados quanto a entrega dos remédios nem sobre o processo licitatório dos equipamentos do posto médico.
O coordenador de comunicação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em Brasília, Felipe Nabuto, os medicamentos foram comprados de forma emergencial por conta de um surto de conjuntivite e já foram entregues na segunda-feira (9), no município de Brasnorte, a 580 km da capital. “Quanto ao posto médico, a obra foi concluída no final de novembro deste ano. Alguns itens para abastecer o posto já começaram a chegar e o que não chegou ainda está no prazo. É uma questão burocrática”, pontuou.
Nabuto garantiu que em um mês o posto médico deverá começar a funcionar normalmente com todos os equipamentos necessários.
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